Algumas pessoas não desistem do abandono de animais que são registrados em vários pontos da cidade. O caso mais recente envolve filhotes de cachorros abandonados próximo do campus da URI. A médica veterinária Eva Muller, do Centro de Zoonoses, relata que é grande a quantidade de animais abandonados. As denúncias são feitas geralmente à noite. Eva relata que na última ocorrência colaboradores da URI encontraram e socorreram filhotes de cachorros que perambulavam pela Rua Hipólito Garcia. Para quem não deseja que as fêmeas procriem, o Centro de Zoonose dispõe, gratuitamente, de vacina que pode ser retirada na Secretaria da Saúde, ou diretamente no canil municipal em horário de expediente.
No caso da procriação, a médica veterinária orienta para que os filhotes não sejam retirados das mães antes que tenham condições de se alimentar sozinhos. Segundo ela, é comum alguém largar caixas com filhotes de cachorro ou gatos nesta situação, criando um grau de dificuldade muito grande para o Centro de Zoonoses que não consegue dar conta da ninhada. Apesar do esforço para alimentá-los à base de mamadeira e vitaminas, muitos não sobrevivem porque foram afastados prematuramente da mãe. Eva Muller informou que os casos de abandono tinham diminuído consideravelmente, porém nos últimos dias a situação se modificou completamente. Outro ponto de abandono de filhotes caninos foi detectado próximo da usina de reciclagem de lixo, no Rincão dos Viana.
Devido a superlotação do Centro de Zoonoses, a prioridade é recolher aqueles animais que estão na rua. Atualmente cinquenta filhotes estão abrigados no Centro de Zoonoses, muitos deles recolhidos junto com suas mães, além de 280 cachorros adultos. A realização das feiras de doação é uma maneira de diminuir esta população. Elas só não estão sendo realizadas em função da instabilidade do tempo. Assim que o tempo de fato melhorar, o evento vai acontecer, provavelmente na Praça Moises Viana. Para quem desejar adotar um cachorro direto no Centro de Zoonoses o horário de atendimento é nas terças, quintas e sábados das 14 às 16 horas.
Fonte: A Razão