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A maioria dos holandeses apoia a transição para dietas baseadas em vegetais

9 de dezembro de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Na Holanda, um dos maiores produtores de carne da Europa, cresce o movimento em direção a uma alimentação mais sustentável e ética. De acordo com uma pesquisa encomendada pela ProVeg Holanda, metade dos holandeses já deseja reduzir o consumo de carne, e um em cada cinco jovens afirma estar disposto a abandoná-la completamente. Além disso, dois terços da população apoiam a transição para um sistema alimentar predominantemente baseado em vegetais.

O estudo aponta que o apoio à alimentação vegetal transcende idades, áreas geográficas e posicionamentos políticos. Notavelmente, um quarto dos entrevistados acredita que, no futuro, a humanidade deve parar de usar animais como alimento. Caso todos que queiram comer menos carne coloquem essa vontade em prática, o consumo no país poderia cair 30%, economizando 1,6 megatons de CO₂ por ano e salvando cerca de 116 milhões de vidas de animais anualmente.

Impactos ambientais e éticos de liderança

As principais razões para esta mudança incluem o sofrimento animal, o desmatamento, a perda de biodiversidade e a preservação da vida marinha. Outros fatores, como a prevenção da escassez de alimentos, pandemias e problemas de saúde, também influenciam as escolhas. O combate às mudanças climáticas e à poluição por nitrogênio, questões críticas para o governo holandês, está por trás da meta nacional de reduzir o número de animais explorados para consumo e alcançar uma proporção equilibrada de proteínas vegetais e animais até 2030.

Desafios e avanços na transição alimentar

Embora 45% da população já seja flexitariana, os produtos de origem animal ainda predominam na dieta holandesa, representando 58% das proteínas consumidas. Entre os obstáculos para uma maior adesão à alimentação vegetal estão o apego ao sabor da carne e a crença de que ela é essencial para a saúde.

Entretanto, iniciativas governamentais e privadas vêm incentivando essa transição. Os supermercados ampliam a oferta de proteínas vegetais, e as campanhas educativas visam informar os consumidores sobre os benefícios de uma dieta mais ética e sustentável.

A pesquisa reforça que, com o desejo já presente na sociedade, a Holanda tem o potencial de se tornar um modelo global de promoção de sistemas alimentares mais compassivos e sustentáveis. A transição alimentar não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para o futuro do planeta e para a vida de bilhões de animais.

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