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A indiferença humana levando outras espécies ao sofrimento e morte

5 de fevereiro de 2010
3 min. de leitura
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“Se tiverdes homens que irão excluir quaisquer das criaturas de Deus do refúgio da compaixão e piedade, tereis homens que irão lidar semelhantemente com seus seres humanos companheiros” – São Francisco de Assis.

Muito se tem discutido acerca da superpopulação dos abrigos de animais abandonados, muito se tem sugerido sobre os milhares que vagueiam pelas ruas da cidade, muito se tem opinado sobre o comércio indecente de vidas, mas nada, realmente nada de efetivo se tem feito até agora.

Na realidade, as autoridades competentes, se é que as podemos chamar assim, são as grandes culpadas por todo o caos urbano. Penso que os grandes cúmplices desse imenso martírio, estejam ainda por aí a maltratar,a engaiolar,a vender e abandonar nas sarjetas as centenas de caixinhas com filhotinhos indesejáveis amontoados uns sobre os outros como algo que deva ser descartado.

Raios! Se já se sabe que para combater esses atos insanos, é a esterilização de animais de rua (a parte crucial da questão), então…Por que não é feita? Por que não coibir a venda de animais em petshops, feirinhas, esquinas, etc.,( todos geradores de abandonos e crueldades)? Por que até hoje não foram feitas campanhas educativas, para conscientização de massa?

Será que ainda se têm a ilusão de que a população trata e retrata os animais de rua? Pensam que os animais comunitários são respeitados pelas comunidades onde sobrevivem? Pensam que o lugar dos animais é pelas ruas revirando latas de lixo, sendo escorraçados pelos moradores ,correndo riscos de atropelamentos ou de serem vítimas de crueldades? O que pensam nossas autoridades? Pagamos impostos para que façam valer o que recebem.

Existe coisa mais deprimente que ver animais em gaiolas minúsculas nas exposições , seja de que tipo for, incentivando à população a fabricar mais e mais animais para que sejam posteriormente jogados no lixo quando não mais houver interesse por eles?

Quem ainda não se deparou com filhotes carregados ou arrastados de um lado para outro sendo oferecidos como tomates, bananas, etc? Quem ainda não se revoltou ao entrar numa loja e ver animais sem água e comida, apertadinhos , crescendo aprisionados como se fossem marginais perigosos?

Duvido que alguém ainda não tenha visto uma plaquinha, num portão qualquer com os dizeres: “Vendem-se Filhotes” e, nenhum, absolutamente nenhum ser para fazer uma fiscalização séria. Onde estão as autoridades responsáveis e competentes? Possivelmente fazendo conjecturas sobre qualquer banalidade!

Os abrigos estão repletos de vidas carentes, tem animal de todo jeito, de todas as raças esperando por um pouco de amor e carinho, não engrossem a fila da insensibilidade, não incentivem um comércio deplorável onde só o lucro é importante, não interessando o rumo da vida que se é repassada por dinheiro.

Milhares de animais estão, neste momento, passando por barbaridades por falta da generosidade de alguns humanos que não vêm mais que seus próprios umbigos. A culpa do abandono não é só de quem vende, é de quem compra também, exatamente como no caso das drogas!

Seja o exemplo, seja HUMANO, olhe a sua volta, certamente um par de olhos estará implorando por ajuda, pois não pode falar nossa língua. Não olhe para um animal abandonado como se ele tivesse culpa de estar ali, te olhando , pedindo amparo.

Não faça com outro o que não quer para si próprio, quando um animal de rua não é assassinado, atropelado ou estuprado, vai para o CCZ ( CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES) e, seu final é igualmente cruel.

Se cada cidadão ceder um espaço em sua consciência, um pequenino espaço no quintal do seu coração e, se as autoridades fizerem um trabalho sério de conscientização e esterilização, certamente, seremos considerados, pelo menos neste aspecto, um país de primeiro mundo, não é o que todos desejam? Não é o sonho de todo brasileiro? E, então…algumas pessoas já começaram, vamos nessa?


FÁTIMA BORGES
,Colunista do site Petgree – Cães e Gatos. Professora de Português, Artista Plástica, Poetisa e Vice-presidente da ong DAAJ – Defesa Animal e Ambiental com Apoio Jurídico. Artista Plástica, Poetisa, Professora de teatro infantil e de português.

Fonte
: GreePet

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