Nesse contexto, o governo estadual aponta fazer sua parte aumentando a cobertura florestal, especialmente nas matas ciliares, e criando corredores de biodiversidade para ampliar os habitats e proteger a fauna. A Polícia Ambiental (Força Verde) trabalha na prevenção e repressão à caça, destinando os machucados e apreendidos que não podem ser soltos para tratamento nos poucos locais preparados.
Todos sofreram maus-tratos ou foram abandonados quando filhotes, presas fáceis na vida selvagem. Poucos são os que estão preparados para retornar à vida selvagem – a exemplo de um tucano, que teve a língua cortada e penas arrancadas. A falta da língua o impede de lavar o bico, que é acometido por fungos. Casos também como o de Ernesto, macaco-prego cego que vive no local, e de um bugio que ficou paralítico após um ataque de cães. A deficiência os exclui do convívio com os grupos. Provavelmente seriam mortos se ficassem com os demais.
IAP
O espaço do Centro de Triagem vai então ficando cada vez menor para o número de animais silvestres. “Quem tem a estrutura hoje é o Cetas. Nós ainda não temos, mas fazemos o encaminhamento para eles. Temos projetos, mas ainda não foram concluídos”, conta Mauro Brito, da Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas do IAP. Além da criação de corredores de biodiversidade nas matas do Paraná, o IAP tem planos para incentivar a preservação de alguns grupos de fauna. “São planos para conservação de aves e mamíferos ameaçados. É o ponto de partida para apoio a projetos e busca de recursos”, aponta Brito. Segundo ele, os planos para preservação de aves como o macuco, jacutinga, maracanã-verdadeira, araras vermelha e Canindé, além de mamíferos como o bugio ruivo, o gato-maracajá e a queixada, foram feitos em parceria com ONGs, universidades e o Exe cutivo. “Vamos em busca de recursos, tem muito trabalho pela frente”, diz.
Serviço
Para denunciar ou avisar sobre animais feridos: 0800-643-0304 (Força Verde).
Fonte: Gazeta do Povo