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PROTEÇÃO

A cor de sapos e rãs ajudará a combater as mudanças climáticas e patógenos

21 de dezembro de 2023
Green Savers com Lusa
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

A cor e as suas variações na pele de rãs e sapos podem ajudá-los a combater o impacto das alterações climáticas e a lutar contra os patógenos, indica um estudo divulgado na revista Nature Communications.

O estudo, com base em dados de 41% das espécies de anuros (rãs e sapos) existentes no mundo, sugere que a cor da pele destes anfíbios pode influenciar a sua capacidade de sobreviver num clima em mudança, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.

Existem mais de 5.000 espécies de anuros no planeta e é considerável a variedade de cores dentro do grupo.

Algumas espécies têm cores brilhantes para alertar os seus predadores de que são venenosas, enquanto outras conseguem camuflar-se no ambiente e passar despercebidas.

Estudos anteriores em pequena escala sobre outros animais já sugeriam que a coloração poderá desempenhar um papel importante, além do que é referido no caso dos anuros.

O trabalho, liderado por Ricarda Laumeier, da Universidade de Marburgo (Alemanha), e realizado em colaboração com cientistas da Universidade de Yale (Estados Unidos), analisa até que ponto a luminosidade da cor em rãs e sapos está relacionada com o controlo da temperatura, a proteção contra a radiação ultravioleta B (UVB) e a resistência a patógenos.

Os investigadores recolheram dados de 3.059 espécies, representando quase metade das de anuros conhecidas, e descobriram que estes anfíbios tendem a ser mais escuros nas regiões frias, como as montanhas e as latitudes setentrionais, mas também onde existem mais problemas da UVB e são maiores os riscos de infeção por patógenos, como Madagáscar, Peru e Equador.

A resistência a patógenos é mais importante nos trópicos e a termorregulação nas regiões temperadas.

Tendo em conta que o aquecimento global e os patógenos invasores estão a causar o declínio das populações de anfíbios em todo o mundo, estas descobertas podem ajudar a prever quais as espécies de rãs e sapos são mais vulneráveis e onde vivem, referem os autores.

Fonte: Greensavers

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