Por Rachel Siqueira (da Redação – EUA)
Quando Paul McCartney declarou sua turnê “Up and Coming” como meat-free (livre de carnes), fornecendo 480 refeições 100% vegetarianas diariamente à sua equipe de funcionários, todos pareciam empolgadamente aplaudir seus esforços.
Agora que, seguindo o exemplo de McCartney, a também cantora britânica Leona Lewis proibiu todos os produtos de origem animal de sua turnê “Labyrinth” (e inclusive ostentando um guarda-roupa, autofinanciado, no valor de U$ 262.500, com figurinos produzidos eticamente, “nos mais elevados padrões de proteção dos animais”), os membros de sua equipe de funcionários estão revoltados e reclamam que Leona estaria sendo exigente demais. Mas o que é isso? Um peso, duas medidas?
A política meat-free do tour de Leona – que inclui, segundo o site Ecorazzi, proibir funcionários de trazer de restaurantes qualquer tipo de proteína de origem animal para as instalações etc – os irritou de tal maneira, que eles a estão acusando de ser “chata” e “fresca”, explicando que a expectativa de uma dieta estrita estaria “passando dos limites”. Alguns de seus funcionários até mesmo ameaçam se demitir.
Conhecida por colocar seu coração em suas músicas e nas causas pelas quais luta, a famosa cantora, de 25 anos, reafirma suas convicções no vegetarianismo – decisão que ela tomou há bem mais de uma década -, explicando: “Eu parei de comer carne, fiquei bem doente porque não sabia o que comer. O processo de abate dos animais é cruel. Essa é a minha opinião. Não vou empurrá-la a ninguém.” Alguns poderiam argumentar que a exigência de um vegetarianismo temporário por parte das pessoas com quem Leona trabalha, na realidade seria uma imposição de “estilo de vida” que eles, do contrário, não teriam adotado.