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A cada três segundos um porco é assassinado em matadouros nos EUA

21 de abril de 2018
2 min. de leitura
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Imagens mostram centenas de animais sendo cruelmente mortos em um matadouro nos Estados Unidos. A organização defensora dos direitos animais, Animal Legal Defense Fund (ALDF), apresentou comentários ao Serviço de Segurança e Inspeção de Alimentos (FSIS) do Departamento de Agricultura dos EUA (FSDA), opondo-se ao plano da agência para acelerar a morte de porcos.

Os animais são mortos a velocidades descritas como ‘alarmantemente rápidas’ pelo ALDF, com uma média de 16 animais sendo mortos por minuto. De acordo com os planos propostos, os chamados de “Modernização da Inspeção da Morte de Porcos” seriam entregues dos inspetores da agência e dos trabalhadores treinados no setor em que os animais são mortos.

Segundo a organização: “A proposta de modernização da inspeção da morte de animais expandirá um programa-piloto falido e ilegal, o projeto de modelos de inspeção de perigos e pontos críticos de controle para os matadouros de porcos em todo o país, criando o Novo Sistema de Inspeção. Enquanto as maiores empresas de carnes exploram os animais, os consumidores e trabalhadores de matadouros pagarão um preço alto”.

As propostas enfrentam uma série de opositores, assim como ativistas, o próprio Escritório do Inspetor-Geral da agência e seus inspetores da linha de frente em instalações de HIMP, uma coalizão bipartidária de legisladores e o público em geral estão insatisfeitos com os planos.

Câmeras mostram porcos conscientes na linha de morte.
Câmeras mostram porcos conscientes na linha de morte. (Foto: Reprodução)

De acordo com a ALDF, o processo mata 1295 porcos por hora, ou seja, um porco a cada três segundos. Uma investigação sigilosa de 2015, do Quality Pork Processors (QPP), revelou funcionários das fábricas ficam sob pressão para acompanhar as altas velocidades das instalações, arrastando, chutando, espancando e eletrocutando excessivamente os porcos com bastões elétricos.

A investigação do QPP também documentou numerosos casos de maus-tratos, outra violação grave da lei federal. Um supervisor da QPP que deveria estar supervisionando o atordoamento exigido de porcos foi filmado literalmente dormindo no trabalho. Os críticos do plano argumentam que a implementação do novo sistema em todo o país também traz graves consequências.

“À medida que as grandes carcaças de porco passam, funcionários perdem ou ignoram contaminantes, defeitos e doenças perigosas e insalubres como matéria fecal, bile, gordura, cabelo, unhas, rins císticos, caules da bexiga, abscessos e muito mais, permitindo suínos sejam transformados em alimentos.

“Os inspetores do FSIS também enfrentam pressões para não parar a linha de morte para remover carcaças com contaminantes, enfrentando ameaças e retaliações tanto da empresa como de seus próprios superiores de agência.”

“O FSIS deve prestar atenção a este coro de críticas bem colocadas, e descartar o novo programa de velocidade no assassinato de porcos como um experimento fracassado e ilegal”, finalizou.

Assista o vídeo abaixo em inglês e sem legendas. Cenas fortes para pessoas sensíveis:

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