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IMPACTO

80% das pessoas querem uma ação climática mais forte por parte de seus governos, aponta pesquisa

No Brasil, o índice é de 85%. Grande parte dos brasileiros (81%) também apoiam uma transição rápida para energias limpas

21 de junho de 2024
Redação Um Só Planeta
4 min. de leitura
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Foto: Marizilda Cruppe / Amazônia Real

Quatro em cada cinco pessoas, ou 80% da população mundial, querem que seus governos tomem medidas mais fortes para enfrentar a crise climática. É o que aponta a maior pesquisa independente sobre mudanças climáticas, a People’s Climate Vote 2024, realizada pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD), a Universidade de Oxford, do Reino Unido, e a empresa internacional de pesquisa GeoPoll.

O levantamento, que contou com a participação de 73 mil indivíduos de 77 países, também destaca que 86% querem que os governos deixem de lado as diferenças geopolíticas e trabalhem em conjunto nas questões ambientais.

“A People’s Climate Vote 2024 é alta e clara. Os cidadãos globais querem que os seus líderes transcendam as suas diferenças, ajam agora e ajam com ousadia para combater a crise climática”, afirmou Achim Steiner, administrador do PNUD, em comunicado de imprensa.

Ele acrescentou que os resultados revelam um nível de consenso que é “verdadeiramente surpreendente”. “Instamos os líderes e os decisores políticos a tomarem nota, especialmente à medida que os países desenvolvem a sua próxima ronda de compromissos de ação climática – ou ‘contribuições determinadas a nível nacional’ no âmbito do Acordo de Paris. Esta é uma questão com a qual quase todos, em todos os lugares, concordam”, pontuou.

Maiores emissores

A pesquisa revelou apoio a uma ação climática mais forte em 20 dos maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo, com maiorias variando de 66% das pessoas nos Estados Unidos e na Rússia, 67% na Alemanha, 73% na China, 77% na África do Sul e Índia, 85% no Brasil, 88% no Irã e 93% na Itália.

Em cinco grandes emissores (Austrália, Canadá, França, Alemanha e Estados Unidos), as mulheres foram mais a favor do reforço dos compromissos do seu país. Esta disparidade foi maior na Alemanha, onde elas tinham 17% mais probabilidades do que os homens de quererem mais ação climática (75% x 58%).

Além do apelo para medidas ambientais mais fortes, 72% das pessoas consultas afirmaram ser a favor de uma transição rápida para energias limpas e o abandono dos combustíveis fósseis. Isso acontece em oito dos dez maiores produtores de petróleo, gás a carvão do mundo. No Brasil, 81% apoiam a transição rápida, sendo que 61% disseram que querem que esse processo aconteça muito rapidamente.

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