Cerca de 20 mil elefantes são mortos anualmente para abastecer o comércio global de marfim e, em apenas algumas décadas, eles podem ser extintos em alguns países.
O secretário do meio ambiente Michael Gove afirmou que a situação terrível, agravada pela caça, “envergonha a nossa geração”.
“A necessidade de uma ação radical e robusta para proteger uma das espécies mais icônicas e valiosas do mundo é incontestável. O marfim nunca deve ser visto como uma mercadoria para obter ganhos financeiros ou um símbolo de status. Queremos proibir sua venda. Esses planos irão colocar o Reino Unido na frente e no centro dos esforços globais para acabar com o insidioso comércio de marfim”, acrescentou.
Os regulamentos atuais permitem que os itens “trabalhados” ou esculpidos produzidos antes de 1947 sejam comercializados no Reino Unido enquanto proíbem o marfim em estado bruto, reporta a Sky News.
Entretanto, a nova proibição também baniria as vendas dos itens anteriores a 1947 e seria aplicada às exportações e vendas no Reino Unido.
Haveria isenções para itens como pianos com chaves de marfim, itens com “valor histórico” e vendas para museus.
Com a decisão, o Reino Unido seguiria os EUA, que já introduziu uma proibição semelhante enquanto a China e Hong Kong prometeram acabar com seus mercados de marfim.
Ativistas alertam que os envios legalizados de antiguidades do Reino Unido para a Ásia têm ajudado a alimentar os mercados que impulsionam caçadores.
A diretora-chefe da WWF, Tanya Steele, declarou que acabar com o declínio da população de elefantes é “muito mais do que proibir as vendas de marfim em um país”.
“Significa trabalhar com líderes e comunidades globais em todo o mundo, particularmente na China e no Sudeste Asiático, para implementar proibições e acabar com o comércio. Enquanto as discussões continuam, 55 elefantes africanos são mortos diariamente. Precisamos ser a geração que acaba com o comércio de marfim de uma vez por todas”, adicionou.