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Poluição humana devasta ecossistema vital na China

9 de junho de 2017
2 min. de leitura
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A pesquisa internacional pioneira, conduzida pela Universidade de Exeter, analisou o verdadeiro impacto da poluentes atmosféricos sobre a capacidade da vegetação local de absorver e armazenar o carbono da atmosfera.

Hangzhou, China
Foto: eugenesergeev / Fotolia

Foram verificados como os efeitos combinados do ozônio superficial e das partículas de aerossol – dois dos principais poluentes atmosféricos relacionados à saúde pública e às mudanças climáticas – afetam a capacidade das plantas de atuarem como dissipadoras de carbono.

Os pesquisadores descobriram que o dano da vegetação de ozônio – que enfraquece a fotossíntese das folhas pela oxidação das células das plantas – supera qualquer impacto positivo que as partículas de aerossol possam ter na promoção da absorção de carbono, revelou o Science Daily.

Embora os danos gerados sobre esses esses ecossistemas vitais na China não sejam irreversíveis, a equipe de especialistas alerta que apenas medidas drásticas oferecerão proteção contra o aquecimento global em longo prazo.
O estudo foi publicado na revista Atmospheric Chemistry and Physics.

A professora Nadine Unger, do Departamento de Matemática da Universidade de Exeter e coautora do artigo, declarou: “Sabemos que a China sofre com os mais altos níveis de poluição do ar no mundo e as consequências adversas que isso possui sobre a saúde humana e as mudanças climáticas são bem documentadas”.

“O que é menos compreendido, no entanto, é o impacto que isso tem no balanço regional de carbono. Os ecossistemas terrestres na China supostamente são um dissipador de carbono natural, mas não sabemos se a poluição do ar inibiu ou promoveu a absorção de carbono. É um aviso claro de que uma medida precisa ser adotada agora para combater os efeitos que a poluição humana está produzindo nesta parte do mundo antes que seja tarde demais”, completou.

A equipe usou modelos informáticos de sistema terrestre de última geração, além de uma série conjuntos de dados de medição existentes, para avaliar os efeitos separados e combinados da poluição causada pelo ozônio e aerossol humano no Leste da China.

O estudo revelou que a Produtividade Primária Líquida (NPP) – ou a quantidade de plantas de carbono em um ecossistema pode absorver – diminui significativamente quando a quantidade de ozônio superficial aumenta.

Essa redução é significativamente maior do que o efeito que as partículas de aerossol possuem em estimular as plantas a aumentar a ingestão de carbono por meio da redução das temperaturas e o aumento da dispersão da luz.

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