Um estudo recente mostra que o lixo plástico descartado pode superar a quantidade de peixes até 2050 se nenhuma medida for adotada.
O chefe da ONU disse aos presidentes, ministros, diplomatas e ativistas de cerca de 200 países que os oceanos – “a força vital do nosso planeta” estão gravemente prejudicados pela pesca, poluição e os efeitos das mudanças climáticas.
A conferência de cinco dias é o primeiro evento importante focado no clima desde que o presidente Donald Trump anunciou que os Estados Unidos se retirarão do marco do Acordo Climático de Paris de 2015 – uma decisão criticada por muitas pessoas, entre elas o presidente boliviano Evo Morales.
Guterres ressaltou que conflitos sobre territórios e recursos naturais bloquearam o progresso durante um longo período na limpeza e restauração da saúde dos oceanos do mundo, que cobrem dois terços do planeta.
“Devemos deixar de lado o ganho nacional em curto prazo para evitar uma catástrofe global em longo prazo. Proteger os oceanos e usá-los de forma sustentável é preservar a própria vida”, declarou.
O presidente da Assembleia Geral, Peter Thomson, diplomata de Fiji, disse que “chegou o momento de corrigir nossos maus erros”.
“Desencadeamos uma praga de plástico sobre o oceano que está contaminando a natureza de diversas maneiras trágicas. É indesculpável que a humanidade descarte o equivalente a um grande caminhão de lixo plástico no oceano a cada minuto de cada dia”, afirmou.
Thomson também advertiu que a pesca e os subsídios para sua continuidade “têm diminuído os peixes a pontos de colapso”, segundo o Phys.
Ele acrescentou que o aumento das emissões de carbono geradas pela humanidade não só causam as mudanças climáticas, mas também o aumento do nível do mar, tornando os oceanos mais ácidos e com menos oxigênio, o que prejudica os animais marinhos.
Segundo Thomson, a conferência provavelmente representa a melhor oportunidade para “reverter o ciclo de declínio que a atividade humana gerou sobre o oceano” e estimular medidas para atingir o objetivo da ONU de proteger os oceanos até 2030.
A conferência convidou os governos, os órgãos da ONU e os grupos da sociedade civil a assumirem compromissos voluntários para entrar em ação para melhorar a saúde dos oceanos. Até agora, mais de 730 compromissos foram recebidos, a maioria no gerenciamento de áreas protegidas, informou o porta-voz do evento Damian Cardona.