Durante cerca de um ano e meio, a Associação dos Animais de Chaves (AAAC) já conseguiu esterilizar 60 animais. O objetivo da campanha é controlar e reduzir gradualmente o número de cães e gatos de rua. Mas o resultado está ainda aquém do desejável. Só no canil há mais de cem cadelas à espera de uma madrinha/padrinho para serem castradas.
A AAAC acredita que só há uma forma “humana” e “eficaz” de controlar o cada vez maior número de animais abandonados: evitar que se reproduzam. Como? Esterilizando-os. Há cerca de ano e meio a iniciativa foi posta em prática, em parceria com a Associação Animais de Rua (AAR), do Porto, conhecida por defender uma política anti-morte dos animais de rua. No total, desde que a campanha iniciou já foram esterilizados 60 animais (cães e gatos).
“Se pensarmos que cada cadela ou gata pode ter duas ninhadas por ano e que a média de cada ninhada é de 6 bebês, pode-se imaginar o que isso representa. Estamos falando de mais de 600 animais”, diz Sônia Salgado da AAAC.
A esterilização desses 60 animais só foi possível graças à boa-vontade de alguns cidadãos, que aderiram à causa, tornando-se madrinhas/padrinhos de esterilização. O custo de cada intervenção, ou seja de cada apadrinhamento, depende do sexo e da espécie.
No caso das cadelas, cada esterilização custa 60 euros. A castração de cães é um pouco mais barata, 40 euros. No caso dos gatos, a esterilização da fêmea custa 30 euros e a do macho metade do preço. Além de esterilizados, os animais são também vermifugados e tratados, caso apresentem alguma doença.
A sua captura e devolução ao meio estão a cargo da própria AAAC. Neste momento, a lista de animais à espera de madrinha/padrinho é elevada. Só no canil há cem cadelas que deveriam ser esterilizadas para evitar ninhadas indesejadas.
Na rua há outras situações identificadas, mas a AAAC se depara com um obstáculo. A falta de uma armadilha para apanhar animais mais esquivos. O artefato custa cerca de 500 euros e a associação não tem meios de adquiri-lo.
Macho com tumor abandonado em Torre de Ervededo
A Associação Amiga dos Animais de Chaves (AAAC) também atua em situações emergentes de outras espécies. Na passada sexta-feira, foi chamada a solucionar o caso de um macho doente que foi abandonado na aldeia de Torre de Ervededo. O animal, com um tumor no focinho, andou pela aldeia vários dias sem que ninguém conseguisse resolver o problema. A pedido da AAAC, o animal foi visto por um veterinário privado e pelo municipal e transportado pelo Núcleo de Proteção Ambiental da GNR para uma quinta em Chaves. Infelizmente, em breve deverá ser sacrificado na Espanha.
Fonte: Trasmontano