(da Redação)
De acordo com a lista vermelha da International Union for Conservation of Nature (IUCN), todas as sete espécies de tartarugas marinhas estão ameaçadas de extinção. Todas elas são cobertas pelas regulamentações da CITES (Convenção Internacional sobre o Comércio de Espécies Ameaças) no sentido de prevenir o comércio internacional de tartarugas e produtos à base de seus corpos, mas dentro de fronteiras nacionais, é responsabilidade individual de cada país criar e aplicar leis para proteger esses animais.
Mas, para as tartarugas marinhas, não é o que está acontecendo em 42 países. Segundo um estudo realizado pela Universidade de Exeter, esses países não têm leis vigentes para prevenir a captura das tartarugas marinhas, cuja caça considerada “legal” mata cerca de 42 mil delas a cada ano. Tais números não incluem os animais mortos ilegalmente em águas internacionais e todas as mortes pelo que se chama de “captura incidental”, vulgo “redes de pesca”. As informações são do Tree Hugger.
Conforme a reportagem, esse número foi ainda maior há décadas atrás. Por exemplo, no final dos anos 60, estima-se que mais de 380 mil tartarugas marinhas eram caçadas por ano no México. Os dados indicam que, desde os anos 80, mais de dois milhões de tartarugas tenham sido capturadas.
Os estudos estatísticos não consideram que o número atual menor pode representar uma diminuição expressiva nas populações de tartarugas marinhas, devido à caça massiva e impressionante em décadas anteriores e também, pode-se supor, por motivos de degradação ambiental e aumento no lixo dos oceanos, grande causa de morte de tartarugas conforme já comentado na ANDA.
Se houvesse informações quanto aos números “não contabilizados”, como as mortes em redes de pesca, poderia se revelar uma realidade ainda mais alarmante.
Com menos indivíduos na natureza, igualmente menos indivíduos são caçados. Apesar de tudo, a estimativa atual de 42 mil indivíduos por ano é assustadora.
A reportagem finaliza apontando que essas espécies ameaçadas precisam de toda a proteção possível, e a comunidade internacional deveria pressionar os países onde a captura de tartarugas marinhas ainda é legal, sobretudo na região do Caribe e nos oceanos Índico e Pacífico.