Mais de 400 animais silvestres, entre mamíferos, répteis, aracnídeos e insetos, foram resgatados pelo Grupamento Ambiental da Guarda Civil Municipal (GCM), este ano, em Campos. Em 18 meses de atuação do grupamento, o total chega a 680 animais.
Segundo o subcomandante Sávio Tatagiba, dos animais resgatados, pelo menos 42 cobras foram encontradas. Apenas na semana passada, três animais foram resgatados pelo órgão que, na última semana, resgatou quatro cobras.
“Os animais silvestres migram de seus habitats naturais para outras áreas devido a intempéries diversos. Em Campos, pelas características da região, como a presença de mata, lagoas e rios, é natural o aparecimento desses animais na área urbana”, destacou o comandante do Grupamento Ambiental, Márcio Barbosa.
O comandante orientou que ao se deparar com animais silvestres, as pessoas devem evitar o manuseio deles. E para garantir a segurança, devem observar de certa distância e solicitar o resgate dos animais, através do 153 (GCM) ou (22) 2725-6483 (Destacamento Ambiental). Os animais resgatados são encaminhados para soltura.
“O manuseio dos animais pelas pessoas pode levá-los a atacar. Além disso, alguns que são vetores de doenças, como pombos, considerados animais exóticos, e morcegos. No caso específico das cobras resgatadas pelo Grupamento, 90% delas não são peçonhentas, mas ainda assim, é importante evitar o contato direto”, orientou Sávio.
Sávio informou que entre os animais resgatados com mais frequência, estão os gambás, que costumam fazer ninho nas residências, corujas, que se refugiam em alto de prédios, e cobras jibóias.
Em Campos, de acordo com Sávio, é comum o aparecimento de animais silvestres em Guarus e na Baixada Campista, como o distrito de Goitacazes, devido à presença de lagoas e, no caso específico de Guarus, terrenos baldios. Na Região Central, aves frequentemente são resgatadas em alto de prédios. Nas residências, os gambás são os mais encontrados.
“Os animais silvestres que migram para a área urbana buscam locais próximos a canais, rios e terrenos alagados”, informou Sávio.
Fonte: Ururau