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40 voluntários vão "arriscar a vida" para prejudicar frota baleeira japonesa

24 de junho de 2009
2 min. de leitura
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Quarenta voluntários de todo o mundo vão “arriscar a vida”, entre dezembro (2009) e março (2010), numa campanha da organização Sea Shepherd Conservation Society,  para impedir a caça às baleias no mar Antártico, anunciou hoje a instituição. A iniciativa foi divulgada pelo fundador capitão Paul Watson, na 61ª reunião plenária da Comissão Baleeira Internacional que está sendo realizada no Funchal, capital da Ilha da Madeira, Portugal, até sexta-feira (26).

“O nosso objetivo é ir lá e ‘afundar’ a frota japonesa do ponto de vista econômico”, adiantou Watson, realçando que as ações promovidas por esta organização visam pôr os baleeiros nipônicos “fora do negócio”.

Paul Watson salientou que “nos três últimos anos os japoneses não tiveram lucros nesta atividade e o Sea Shepherd quer garantir que este prejuízo se mantenha nos próximos anos, pois é a única linguagem que as pessoas entendem: a perda de lucros.”

Disse ainda que a meta este ano é evitar a morte de 305 baleias pelas frotas do Japão nos mares do sul.

“Vamos operar em desvantagem porque os japoneses querem nos matar. Temos provas. Se nos matarem os seus governos vão arranjar justificativas, por isso temos que utilizar táticas eficazes e divertidas”, argumentou. Paul Watson alertou que a “campanha será perigosa porque os governos do mundo não estão atuando à altura da responsabilidade que têm”.

A campanha, a sexta desenvolvida pelo Sea Shepherd, foi batizada com o nome de Waltzing Mathilda e tem como centro um “canguru pirata”, numa homenagem à posição da Austrália em defesa da preservação das baleias. “Seremos cangurus piratas, as crianças gostam de piratas”, disse o capitão Watson.

Ele explica que será uma campanha de pesquisa “tão legítima como a dos japoneses”, que contornam a moratória que proíbe a caça às baleias argumentando que estão fazendo sob o abrigo da exceção aberta para a investigação científica.

O fundador do Sea Shepherd adiantou ainda que os barcos da organização perderam várias bandeiras devido à pressão do Japão. “Este ano navegamos com a bandeira da Alemanha e não há indicação de que vamos perdê-la, porque as autoridades alemãs garantem que não recebem ordens de Tóquio”, frisou.

Sobre as críticas à forma como o Sea Shepherd defende esta causa, Paul Watson declara: “o que interessa é ter uma campanha eficaz, porque os clientes são as baleias”.

“Podem dizer o que quiserem, desde que dê resultado e não magoe ninguém. Nos últimos 30 anos nunca causou nenhum dano, um recorde que queremos manter”, concluiu.

Sea Shepherd é uma organização internacional sem fins lucrativos que se dedica à preservação da fauna marinha, com o objetivo de acabar com a destruição de habitats e abate de animais selvagens em oceanos do mundo, lutando pela conservação e proteção dos ecossistemas e espécies.

É conhecida por recorrer a táticas inovadoras de ação direta de investigar, documentar, agindo para expor e confrontar as atividades ilegais no mar alto.

Fonte: Expresso

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