Exatamente dia 29 de junho de 2021 Pelúcia, Billy e Tuco, cães comunitários que moravam no Poliesportivo de Caeté (MG), foram vistos pela última vez no alto do Santuário Serra da Piedade. Depois deste dia, nunca mais nenhuma notícia deles. Protetoras da Sociedade Galdina Protetora dos Animais e da Natureza de Caeté (SGPAN Caeté), que existe há 14 anos na cidade e cuidava dos cães, fizeram manifestação com uma faixa nos pés da Serra da Piedade.

Em suas redes sociais a ONG, que fez várias manifestações na cidade nos últimos meses, perguntou “Quem matou Pelúcia, Tuco e Billy? Quem mandou matar Pelúcia, Tuco e Billy? Não vamos esquecer!”. A ONG também continua pedindo às pessoas que denunciem. “Alguém sabe de algo, alguém sabe o que aconteceu. Queremos saber, não vamos desistir!”, disse a SGPAN em suas redes.

Em um vídeo feito dia 28/06/21 por uma pessoa que trabalha no Santuário, aparecem Pelúcia e Tuco no alto da Serra da Piedade.

Logo após o desaparecimento dos cães, a SGPAN mandou ofícios ao reitor do Santuário Serra da Piedade, padre Wagner Calegário, e se reuniu com ele em setembro de 2021.

Três protetoras da cidade receberam cartas anônimas falando que os cães foram mortos e citando quem mandou matar mas, sem provas ou testemunhas, o SGPAN não teve como denunciar.

História

Pelúcia, Billy e Tuco eram cães comunitários cuidados pela SGPAN e por protetoras há muitos anos. Eles viviam no Poliesportivo e andavam por boa parte da cidade. Eram muito conhecidos e seu desaparecimento comoveu muitas pessoas. Eram bem cuidados e saudáveis.

Dia 27 de junho eles seguiram caminhantes até o alto da Serra da Piedade e não desceram com eles. Ficaram por lá, foram vistos por mais dois dias e só.

“Nunca mais nenhuma notícia. Tivemos informação (setembro/2021) de uma pessoa que viu a Pelúcia babando lá no alto da Serra, no final de junho, mas essa pessoa não quer testemunhar”, relatou a SGPAN, que postou em suas redes todos os ofícios que mandou para o Santuário com várias perguntas sobre os cães.

Houve uma reunião com o padre Wagner e o resumo dela foi postado nas redes da ONG dia 30 de setembro. Ele ficou de dar orientações aos funcionários sobre como agir diante de algum cão que aparecesse no Santuário e de contatar a SGPAN para fazer a divulgação. O Santuário é uma área de reserva ambiental e, por isso, não pode ter cães e gatos. Segundo ele, nenhum funcionário atentou contra a vida dos animais. Na cidade há muitas conversas de outros cães que teriam sumido depois de subir a Serra da Piedade, mas nenhum caso a ONG conseguiu provas para efetivar denúncia.