Por Claudia Braghetto (da Redação)
Com a recente boa notícia da proibição de “bullhooks” (ferramenta utilizada para treinar e castigar elefantes) em Los Angeles, defensores dos animais agora podem ficar felizes novamente, uma vez que a Grã-Bretanha anuncia sua proibição oficial, que acontecerá em breve, de todos os animais selvagens em circos, se juntando a outras nações europeias como Áustria, Grécia, Croácia e Bósnia e Herzegovina. A proibição deve ser instituída em sua totalidade a partir de dezembro de 2015.
Antes do anúncio da proibição por todos os países, mais de 200 autoridades locais da Grã-Bretanha já haviam estipulado proibições a circos com animais, com mais de dois terços proibindo todos os animais de participarem em números, de acordo com a Animal Defenders International.
As principais organizações sem fins lucrativos e associações como RSPCA, Fundação Born Free, a Associação Veterinária Inglesa e a Sociedade Protetora de Animais de Cativeiro trabalharam em conjunto na campanha para tornar realidade o sonho de proibição na Grã-Bretanha.
Para ajudar na transição, a RSPCA e Fundação Born Free têm se oferecido para ajudar proprietários de circos a conseguirem um lar para seus animais, reporta o Daily Express.
Uma data oficial para a legislação ainda precisa ser aprovada, mas o governo está confiante de que irá acontecer. E quando acontecer, quem quebrar a lei após dezembro de 2015 receberá uma multa pesada de cinco mil libras (por volta de 15 mil reais), de acordo com a BBC.
No início deste ano, houve um debate sobre dar ou não continuidade à proibição, uma vez que muitos consideraram que proibir todos os animais selvagens em circos seria ir longe demais.
Alguns argumentaram, inclusive o comitê selecionado do EFRA (Assuntos Ambientais, Alimentares e Rurais), que a proibição deveria ser limitada a grandes felinos e elefantes apenas, e que o governo deveria continuar permitindo que outras espécies, como zebras e cobras, fossem exploradas, como divulgado pela BBC.
Membros do Parlamento Britânico decidiram que tal exceção faz pouco sentido, uma vez que não há fundamento para proteger apenas um grupo seleto de animais. E eles estão corretos – um circo não é lugar para nenhum animal selvagem – eles devem ficar na natureza.
Os anúncio de Los Angeles e da Grã-Bretanha certamente representam grandes vitórias para os animais explorados em circos e para o movimento de proteção animal!
Nota da Redação: Este foi um importante passo para a causa animal. É necessário também entender que nenhum animal deve ser explorado de nenhuma forma, ou seja, não são somente os circos que precisam ser repreendidos devido à exploração que perpetuam, mas também todas as outras atividades que abusam de qualquer animal, como na indústria alimentícia. O mesmo vale para a proibição dos “Bullhooks”, que foi um passo importante, entretanto, não pode ser tomado como um fim em si, já que o abuso ainda é feito nos circos com a exposição e com a manutenção dos animais em confinamento.