(da Redação)

Arturo, o último urso cativo da Argentina, permanecerá no país apesar da mais recente petição assinada por mais de meio milhão de pessoas apelando para que ele fosse movido para o Canadá. As informações são do The Globe and Mail.

O diretor do Mendoza Zoo no oeste da Argentina disse ao Associated Press na terça-feira que o urso, aos 28 anos de idade, está muito idoso para ser realocado com segurança.

Defensores de direitos animais relataram que Arturo tem caminhado com nervosismo em seu recinto de concreto e está demonstrando sinais de depressão e loucura, conforme publicado recentemente pela ANDA. Os ativistas fizeram campanhas para que o urso fosse movido para o Assiniboine Park Zoo em Winnipeg, que acolheu a ideia.

Até o ex porta-voz da Casa Branca, Newt Gingrich, uniu-se à causa.

“Se você ama animais como eu, por favor assine a petição para ajudar o urso polar Arturo”, escreveu Gingrich em sua página do Facebook, onde ele postou um vídeo em apoio. “Sua atual situação é muito triste, e ele merece ser salvo”.

A petição do Change.org pedindo à presidente da Argentina Cristina Kirchner que permitisse a realocação de Arturo alcançou mais de 500 mil assinaturas na última terça-feira.

Mas Gustavo Pronotto, diretor do zoológico, continuou firme em sua posição de que Arturo sofre de doenças típicas da idade e por isso sua realocação seria muito arriscada, uma vez que ele teria que ser sedado para viajar. Uma equipe de veterinários da Argentina haviam concluído em fevereiro que Arturo deveria permanecer em Mendoza.

“Arturo está perto de seus cuidadores”, disse Pronotto. “Nós queremos apenas que todos parem de incomodá-lo”.

O Greenpeace e outros grupos ambientalistas argumentam que é arriscado manter o urso em Mendoza, onde as temperaturas podem chegar a mais de 30 graus no verão. O último urso polar do zoológico de Buenos Aires morreu em dezembro de 2012 devido a uma onda de calor.

A companheira de Arturo, uma ursa polar chamada Pelusa (Fuzz), morreu de câncer em 2012.

Ursos polares vivem em média 18 anos na natureza, e em cativeiro frequentemente chegam aos 30 anos, de acordo com a ONG Polar Bears International, sediada em Montana.

Mariana Caram da OIKOS-Red Ambiental disse que o seu grupo ambientalista baseado em Mendoza está trabalhando em um relatório para desafiar a decisão da equipe veterinária que determinou a manutenção de Arturo na Argentina.

“Eu vi o urso na última quinta-feira. Ele saiu da jaula e nadou apenas um pouco. Ele está andando muito devagar”, disse ela. “Eles expandiram a sua piscina mas ainda precisam dar a ele o espaço que ele precisa para caminhar”.