A Polícia Ambiental de Mogi das Cruzes (SP) encontrou na tarde deste domingo (22) em um sítio no distrito de Sabaúna, em Mogi das Cruzes, 28 galos. A suspeita é de que as aves, da raça índio, eram exploradas para as chamadas rinhas. Além dos animais, de acordo com a polícia, protetores de bico e de esporas foram apreendidos.
A polícia chegou ao local depois de uma denúncia anônima. De acordo com o sargento Neandro Saito Ferreira da Polícia Ambiental o lugar tinha características da prática ilegal. “O local é bem propício para as rinhas de galos, mas aparentemente as aves não tinham ferimentos”, disse. Os galos ficavam presos em uma espécie de armário. Segundo a perícia feita no local, as aves não estavam feridas e não havia vestígios de sangue no sítio.
Além de oito protetores de bico e nove protetores de espora, os policiais encontraram no local uma arena formada por peças de madeira.
O dono do sítio, de 38 anos, foi levado para delegacia e negou as acusações. De acordo com o boletim de ocorrência, o tutor dos galos disse que cria as aves para consumo próprio. Além dos maus-tratos contra animais, o dono do sítio irá responder por danos ambientais, já que segundo a perícia, o local onde foi construído o barracão das aves faz parte de uma área de proteção permanente.
Uma segunda perícia foi solicitada para o local para constatar os possíveis danos ambientais da área. O caso foi registrado como “ato de praticar abuso contra animais e impedir a regeneração natural da floresta” e será investigado pela delegacia de crimes contra o meio ambiente.
De acordo com o boletim de ocorrência, os galos apreendidos foram devolvidos para o tutor porque a polícia não tinha lugar para fazer o recolhimento das aves. O dono do sítio foi liberado depois de prestar esclarecimentos na delegacia.
Fonte: G1