No mundo todo, cerca de 23 milhões de porcos são mortos por semana, segundo a organização Animal Ethics, do Reino Unido. China, União Europeia e Estados Unidos respondem por mais da metade da morte de suínos. Em seguida, vem o Brasil, que é o 4º país que mais abate suínos no mundo, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal.
Dos mamíferos reduzidos a alimentos e outros produtos, os porcos estão no topo. Mata-se no mundo todo pelo menos três vezes mais suínos do que bovinos, de acordo com a AE. Sem dúvida, o consumo de bacon, que é a gordura subcutânea suína, contribui substancialmente para a morte desses seres sociáveis que nascem com aptidão para interagir e viver em grupo, e podem ser mais inteligentes do que os cães.
No Brasil, as últimas estatísticas trimestrais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontaram que foram abatidos 11,67 milhões de suínos no país, e em um período de apenas 90 dias, o que significa aumento de 0,8% em relação ao mesmo período de 2018.
São dados que chamam a atenção, considerando a capacidade de senciência, consciência e inteligência desses animais. Mais uma prova disso foi divulgada em agosto do ano passado, quando pesquisadores do Instituto de Pesquisas Messerli, vinculado à Universidade de Viena, na Áustria, provaram que os porcos são mais inteligentes do que pensamos.
Segundo o estudo “Pigs (Sus scrofa domesticus) categorize pictures of human heads”, publicado pelo Jornal da Sociedade Internacional de Etologia Aplicada, os suínos não são apenas curiosos, mas possuem uma boa memória de longo prazo. Também conseguem enganar deliberadamente outros porcos e podem antecipar necessidades e intenções.
No teste que compreendeu 80 tarefas, os porcos provaram ter grande capacidade de aprendizado, de uso de recursos bidimensionais na tomada de decisões e de desenvolvimento de novas habilidades de reconhecimento visual.
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