Cinco animais que estavam em quarentena no abrigo público de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, passaram por exames nesta terça-feira (20). São quatro cavalos e um jumento. É o segundo exame realizado neles depois que quatro cavalos foram mortos no mês passado, por terem contraído anemia infecciosa equina. O resultado está previsto para sair daqui a 30 dias.
Se o resultado desse segundo exame der negativo, descarta de vez a possibilidade de contaminação nos animais que estavam de quarentena. O abrigo municipal completa nesta terça-feira (20) um mês que está interditado. E só depois dos resultados da segunda etapa dos exames saírem é que ele poderá voltar a receber outros animais. A previsão é de que o abrigo fique interditado até 17 de setembro.
Entenda o caso
O abrigo de cavalos de Petrópolis está fechado e a prefeitura ainda não informou para onde os animais de grande porte, recolhidos nas ruas, serão levados a partir de agora. Depois da interdição, nenhum cavalo pode entrar ou sair do abrigo durante 60 dias. Alguns animais recolhidos nas ruas pela Guarda Civil ainda estão no local. Segundo a prefeitura, quatro animais que estavam no abrigo foram mortos porque estavam com anemia equina, doença que diminui a imunidade.
Segundo a coordenadora de atividade da Animavida, Ana Cristina Ribeiro, o Ministério Público Estadual está acompanhando os cavalos, mas as coisas não mudaram em relação aos cavalos. “Além do abrigo não funcionar em condições ideais, agora está fechado. A Guarda Civil continua o monitoramento e a prefeitura ainda não informou para onde os animais de grande porte vão ser levados, caso sejam capturados nos próximos dias. Eles apresentam risco para a segurança da população se estiverem soltos. Eles podem causar acidentes de transito, por exemplo”, declarou Ana Cristina.
Depois de uma vistoria realizada no ano passado, o Ministério Público Estadual determinou mudanças para que o abrigo continuasse em funcionamento. Entre elas, a construção de uma área específica para animais que estivessem em quarentena. Mas, em uma outra vistoria realizada no mês passado, o Ministério Público Estadual constatou que algumas das determinações ainda não tinham sido postas em prática.
De acordo com o veterinário Eduardo Veiga, a doença pode ser controlada se houver acompanhamento da saúde do cavalo, e a detecção da anemia acontece por meio de exames. Por isso, o Ministério Público Estadual quer que os exames façam parte da rotina de cuidados dos cavalos.
Fonte: G1