Segundo informações da ONU divulgadas em uma reunião em junho em Nairobi, em 2030, 90% do habitat dos grandes símios na África e 99% na Ásia não existirão mais. A consequência disso é que primeiramente os orangotangos, gibões e bonobos estarão extintos em vida livre, seguido dos gorilas e chimpanzés.
A destruição dos bosques africanos e asiáticos por madeireiros, mineradores e plantadores da palma, que produzem óleo para a indústria de beleza humana e para combustível, ocuparão cada centímetro quadrado do que ainda hoje é ocupado pela floresta nativa.
O Projeto GAP da Espanha, em conjunto com o Santuário de Limbe, em Camarões, tem feito o alerta mundial sobre uma subespécie de chimpanzé que mora entre Camarões e Nigéria, o Pan troglodytes ellioti, que, junto com o Gorila do Rio Cross, está isolado em um pequeno fragmento de floresta, com só 2.500 indivíduos da subespécie chimpanzé ainda vivos.
Um Comunicado Mundial do Projeto GAP da Espanha, assinado por seu Diretor Executivo, Pedro Pozas Terrado, faz o apelo aos órgãos internacionais, assim como aos governos africanos e asiáticos, que ainda há remanescentes de populações livres de grandes símios, para evitar que esse holocausto aconteça.
Se algo não for feito urgentemente, em 2030, ou talvez até antes, poderemos decretar a extinção total da maioria das espécies de grandes símios no planeta.
Uma conquista tenebrosa para a raça humana, que está cavando sua própria morte ao extinguir as espécies que mantém a biodiversidade viva.