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2030 será a data fatal?

28 de julho de 2014
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Foto: Limbe Wildlife Centre
Foto: Limbe Wildlife Centre

Segundo informações da ONU divulgadas em uma reunião em junho em Nairobi, em 2030, 90% do habitat dos grandes símios na África e 99% na Ásia não existirão mais. A consequência disso é que primeiramente os orangotangos, gibões e bonobos estarão extintos em vida livre, seguido dos gorilas e chimpanzés.

A destruição dos bosques africanos e asiáticos por madeireiros, mineradores e plantadores da palma, que produzem óleo para a indústria de beleza humana e para combustível, ocuparão cada centímetro quadrado do que ainda hoje é ocupado pela floresta nativa.

O Projeto GAP da Espanha, em conjunto com o Santuário de Limbe, em Camarões, tem feito o alerta mundial sobre uma subespécie de chimpanzé que mora entre Camarões e Nigéria, o Pan troglodytes ellioti, que, junto com o Gorila do Rio Cross, está isolado em um pequeno fragmento de floresta, com só 2.500 indivíduos da subespécie chimpanzé ainda vivos.

Foto:  Desflorestação Limbe Wildlife Centre
Desflorestação Limbe Wildlife Centre

Um Comunicado Mundial do Projeto GAP da Espanha, assinado por seu Diretor Executivo, Pedro Pozas Terrado, faz o apelo aos órgãos internacionais, assim como aos governos africanos e asiáticos, que ainda há remanescentes de populações livres de grandes símios, para evitar que esse holocausto aconteça.

Se algo não for feito urgentemente, em 2030, ou talvez até antes, poderemos decretar a extinção total da maioria das espécies de grandes símios no planeta.

Uma conquista tenebrosa para a raça humana, que está cavando sua própria morte ao extinguir as espécies que mantém a biodiversidade viva.

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