Nova York pode banir em breve o uso de drogas psicoativas em zoológicos, que as distribuem a animais para forçá-los a reproduzir e sedá-los de outras maneiras. Introduzida pelas membros da assembleia do estado de Nova York, Jessica González-Rojas e o senador estadual Jabari Brisport (um ativista vegano de longa data), a lei, conhecida como lei de Johari, foi inspirada em um acidente específico que foi coberto no New York Times.
O artigo contava a história da gorila fêmea de nome Johari, que continuava a lutar com o macho que estava preso com ela. O zoológico ministrou Prozac para acalmá-la e a induziu a reproduzir com ele. O artigo, intitulado “Zoológicos modernos não valem os custos morais”, também mencionava que drogas psicoativas eram administradas em animais em zoológicos para uma melhor administração de suas várias reações em cativeiro.
“O que aconteceu com Johari foi uma violência sexual sancionada pelo estado em animais vulneráveis que são machucados devido aos nossos desejos capitalistas de entreter pessoas na custa de outras espécies”, a membra da assembléia González-Rojas disse. “Reprodução é um processo natural que não deve ser forçado pelo uso de drogas psicoativas. Animais merecem nossa proteção e esse é especialmente o caso para aqueles em cativeiros em zoológicos.”
Apoio para o fim do uso de drogas em zoológicos
A lei de Johari – que é apoiada por diversas organizações de proteção animal, incluindo Voters for Animal Rights (“Votos aos direitos dos animais”), Last Chance For Animals (“Última chance aos animais”) e Four Paws (“Quatro patas”) – proveria proteção aos animais impedindo que instituições usem medicamentos, como aqueles feitos para tratar de doenças mentais, para facilitar a reprodução. Os legisladores argumentam que o acasalamento e a reprodução não pode ser forçada através do uso de drogas.
“A prática de acasalamentos forçados por zoológicos é abominável por si só, mas adicionar a isso o uso de drogas psicoativas durante o processo é um novo nível de crueldade e desumanidade, disse Claire LaFrance, diretora de comunicações da Four Paws. “O fato que essas instituições afundaram para um nível tão baixo só mostra o quão desesperados eles estão por ganhos financeiros e quão prejudicial é o cativeiro para animais selvagens. Além do mais, essas medicações e nascimentos invasivos em cativeiro não fazem nada para a conservação ou proteção de espécies em seu habitat natural e se provam completamente contraditórias às espécies reais e a proteção da biodiversidade.”
Legislação de Nova York protege elefantes
“A lei de Johari é a última legislação introduzida em Nova York para a proteção de animais. Em 2017, o Ato de Proteção aos Elefantes – inicialmente introduzido como um projeto de lei bipartidário pelo Senador Terrence Murphy (Republicano de Yorktown) e a Membra da assembleia Amy Paulin (Democrata de Scarsdale) – foi escrito em lei para banir elefantes em circos no estado.
“O uso de elefantes nesse tipo de cenário é perigoso à sua saúde e potencialmente abusivo, o Senador do estado de Nova Iorque Andrew Cuomo disse. “O Ato de proteção aos elefantes favorece os esforços dessa administração a combater a crueldade animal, e criar uma mais forte e humana Nova Iorque.”
No mesmo ano que Nova Iorque baniu o uso de elefantes em circos, Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus (Rede de circo Norte-Americana), frequentemente chamado de “O Show Mais Cruel da Terra” por ativistas animais, anunciou que, depois de 146 anos em operação, fecharia as portas para sempre.