Jim Mellon, empresário, investidor e filantropo britânico, afirmou em uma entrevista para a EuroNews, divulgada nesse mês, que metade da carne do mundo será à base de vegetais e células em dez anos.

Segundo Mellon, a agropecuária tradicional baseada em carnes de origem animal, está contribuindo de forma negativa para o mundo, e associou a pandemia e as novas doenças zoonóticas às más práticas alimentares envolvendo animais.

Ele também declarou na entrevista, que a produção de alternativas à carne e aos laticínios é uma forma de garantir que os humanos não consumam antibióticos por meio da pecuária, relata o Vegazeta. 

Em relação à produção de leite, Jim Mellon declarou que “É uma indústria que está em declínio terminal.”

Mellon acredita que a indústria agropecuária terá de passar por profundas mudanças, tanto por questões sanitárias como ambientais. O setor é cotado como responsável entre 12.5 e 18% das emissões de gases de efeito estufa no mundo, e 69% só no Brasil, afirma o Observatório do Clima.

Mellon pretende expor mais a fundo seus motivos para acreditar em uma mudança tão drástica do agronegócio em seu novo livro, intitulado “Lei de Moo: Guia do investidor para a Nova Revolução Agrária”, em tradução livre e busca no processo, conseguir convencer investidores a mudarem suas perspectivas de investimento, de olho no futuro da agropecuária.