A ANDA é nova apoiadora do Centro de Apoio e Proteção Animal da Ciclovia (CAPA), uma iniciativa fundada em julho de 2020 para a proteção e cuidado dos animais silvestres que vivem no entorno e os animais domésticos que são encontrados na Ciclovia Rio Pinheiros, em São Paulo. O CAPA nasceu a partir de uma parceria entre a ativista em defesa dos direitos animais Mariana Aidar e a Farah Service, atual gestora da ciclovia e principal incentivadora do projeto.
Em entrevista à ANDA, Mariana fala sobre a rotina agitada da ciclovia. “Por mês são encontrados em média de 10 a 20 animais domésticos. Há seis famílias de capivaras que vivem ao longo dos 22 km da ciclovia, totalizando uma média de 60 capivaras. Além destes animais, há diversas espécies de pássaros, répteis e mamíferos que também vivem no local, como quero-quero, cobras, urubus, preás, ratão do banhado, lagartos, entre outros”, conta a ativista.
Ela explica ainda como cachorros e gatos chegam até o local. “Não temos abandono de animais na ciclovia, pois além do monitoramento impedindo este tipo de ação criminosa, não se pode entrar de carro na ciclovia, apenas de bicicleta, e animais são proibidos de entrar com os ciclistas. O que acontece muito é que animais abandonados pelas ruas, caminham e acabam entrando sozinhos nas áreas da ciclovia”, afirma Mariana.
Vigilância e resgate
O monitoramento de animais em situação de vulnerabilidade é realizado de forma coletiva. O CAPA instalou placas nos oito pontos de apoio, bases com salas de atendimentos e banheiros, contendo o telefone para registro de ocorrências e pedidos de resgate. Assim, os ciclistas podem contribuir no salvamento de animais domésticos e silvestres. Além do telefone do CAPA, as placas também informam quem são os parceiros da iniciativa.
Mariana esclarece que procedimentos são adotados após o recebimento de ocorrências. “Quando encontramos ou recebemos registro de um animal doméstico na ciclovia, corremos até o local onde o animal se encontra, resgatamos e o levamos ao veterinário para primeiro atendimento. Se o animal estiver aparentemente bem, seguimos os seguintes passos: é colhido sangue para hemograma, colocamos antipulgas e, após saírem os resultados do hemograma e estando tudo bem, damos vermífugo e marcamos a castração. Depois que o animal é castrado, nós vacinamos e o resgatado está pronto para adoção. Se o animal estiver em sofrimento, entramos com tratamento imediato e depois seguimos os passos anteriormente citados”, pontua.
Ela acrescenta ainda como são realizados os cuidados com animais silvestres. “Vamos até o local e a veterinária do CAPA, a Dra. Nadja Rocha, checa a situação do animal e então seguimos o protocolo de atendimento veterinário na própria ciclovia e o animal é solto de volta ao local onde foi resgatado.
Para casos graves, que necessitam de internação, os animais silvestres são levados ao CeMaCas (Centro de Manejo e Conservação de Animais Silvestres do Governo do Estado de SP). Lá, o animal é tratado e depois de recuperado é solto de volta ao local onde foi encontrado”, reforça.
Corrente do bem
A ativista celebra o apoio da ONG. “A ANDA tem um papel importante na proteção e divulgação dos direitos animais, um trabalho sério e muito competente, de grande importância na ajuda e divulgação da realidade dos animais em nosso país e fora do Brasil também, conscientizando a população e levando informações importantíssimas para a causa animal. É muito importante para o CAPA ter o apoio da ANDA, pois tê-la como apoiadora traz mais seriedade ainda ao lindo trabalho que desenvolvemos junto aos animais da Ciclovia Rio Pinheiros”, afirma.
A presidente e fundadora da ANDA, Silvana Andrade, fala sobre a alegria de fazer parte do projeto. “Ter a oportunidade de apoiar o CAPA é uma honra para toda a equipe da ONG. O trabalho que está sendo realizado na Ciclovia Rio Pinheiros é uma prova de amor, cuidado e respeito pelos animais e pela natureza, os mesmos pilares que a ANDA defende. A Mariana Aidar é uma ativista exemplar que não mede esforços pela proteção dos mais indefesos. Ela realiza um trabalho corajoso e de longa data pela defesa dos direitos animais, sempre pautado pela seriedade, pela ética e pelo desejo de fazer o bem. É um orgulho participar desta iniciativa repleta de compaixão e comprometimento com o meio ambiente”, declara.
Mariana fala também sobre a importância dos parceiros do projeto. “Temos apoio da EMAE e da CPTM, que sempre nos dão todo o suporte necessário quando precisamos resgatar os animais que acabam entrando nas áreas dos trilhos da CPTM ou das águas administradas pela EMAE. Além, é claro, da Farah Service, pois sem ela não estaríamos fazendo este lindo trabalho dando suporte a tantos animais que necessitam de ajuda, principalmente as capivaras, que se machucam muito nas sujeiras do rio Pinheiros e precisam de resgates e cuidados diariamente”, disse.
A principal apoiadora do CAPA é a Farah Service, empresa especializada em melhorias urbanas e atual administradora da Ciclovia Rio Pinheiros. Essa parceria é fundamental para a existência do projeto e todas as ações virtuosas que ele realiza. Conheça mais sobre a Farah Service clicando aqui.
Futuro
A fundadora do CAPA conta ainda que o projeto está em expansão. “Temos planos de ter um local para criarmos um centro de adoção permanente para os animais domésticos que resgatamos, projeto este que será desenvolvido nas áreas da Usina São Paulo com apoio dos novos gestores da usina. Além do centro de adoção permanente, também estamos desenvolvendo projetos educativos e ações de castração e cuidados aos animais que vivem nas comunidades à margem do rio, mas só vamos iniciar este projeto após passarmos esta fase crítica da pandemia”, concluiu.
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