Uma investigação feita no Centro Nacional de Pesquisa de Primatas em Hillsboro, no Oregon (EUA), aponta que cientistas estão conduzindo experimentos cruéis e desumanos com macacas grávidas, forçando-as a comer banha de porco e as viciando em nicotina e bebidas alcoólicas. A denúncia é feita pela organização em defesa dos direitos animais PETA.
O centro de pesquisa já foi alvo de denúncias de crueldade contra animais, acumulando mais de 12 violações de bem-estar animal nos últimos três anos e, em abril deste ano, um juiz ordenou que a instalação entregasse imagens dos experimentos. As imagens são chocantes e mostram macacas-japonesas (Macaca fuscata) sendo alimentadas com dietas altamente calóricas.
O objetivo de forçar macacas gestantes a consumirem bebidas alcoólicas, nicotina e alimentos extremamente gordurosos era estudar o efeito desses abusos nos filhotes. Os cientistas também foram gravados assustando macacos de apenas 11 meses para testar níveis de estresse e ansiedade. Uma decisão judicial autorizou a liberação de mais 70 vídeos para o público.
O juiz afirma que todos os cidadães têm direito de saber que estudos estão sendo realizados com financiamento público, ou seja, com o dinheiro dos contribuintes. A liberação das imagens foi possível graças a um processo impetrado pela PETA em março de 2019 exigindo mais transparência nos experimentos após inúmeras denúncias de mortes de animais.
A PETA investiga o local há mais de cinco anos e diversos casos já foram relatados, como um macaco que morreu após ter recebido uma dose errada de insulina e cinco macacos que morreram de desidratação após serem drogados com substâncias ilegais. Há também o caso de um macaco que arrancou 90% de todo o seu pelo devido ao estresse. Muitos dos animais aprisionados no local apresentam comportamentos neuróticos.
Segundo a PETA, há mais de cinco mil macacos aprisionados no Centro Nacional de Pesquisa de Primatas em Hillsboro.
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