Um vídeo terrível filmado no zoológico de Pequim mostra um tigre preso em um pequeno recinto andando em círculos, claramente sob estresse intenso. Imagens de animais aprisionados em zoos apresentando comportamentos repetitivos são, infelizmente, muito comuns. Especialistas chamam essa condição de zoocrosis, termo criado em 1992 por Bill Travers que caracteriza os comportamentos obsessivos exibidos por animais mantidos em cativeiro.
O vídeo foi feito enquanto o zoo ainda estava aberto para exibição e é possível ouvir comentários do público como “o tigre parece deprimido” e “não há espaço suficiente, ele está doente, mentalmente doente”. Após a repercussão das imagens, o zoo não negou a existência do problema, mas se limitou a afirmar que o vídeo foi feito há pelo menos 30 dias, porque desde os primeiros indícios de estresse o animal foi retirado de exibição. O vídeo já com mais de 10 milhões de visualizações e ativistas em defesa dos direitos exigem a transferência do tigre para um santuário o quanto antes.
Veja o vídeo abaixo:
O zoo disse ainda que o tigre receberá os cuidados de um “terapeuta comportamental de animais”. Um funcionário do zoo que não se identificou denuncia que isso acontece com frequência. “Esse tipo de comportamento é esperado depois que os animais ficam no zoológico por um longo tempo”, disse. Alguns dos comportamentos anormais que foram documentados associados a esta forma profunda de sofrimento mental incluem auto-mutilação, vômito, higiene excessiva, coprofagia (ato de comer fezes), mordidas aleatórias, torcer ou balançar a cabeça e o pescoço, tecendo para frente e para trás, e sim, ritmo irracional.
Outro caso
As denúncias feitas contra o zoo de Pequim incentivaram uma nova revelação de maus-tratos, desta vez no Yunnan Safari Park, no sudeste da China. Imagens feitas no local mostra tigres famintos e estressados sendo alimentados pelo público com varas de pescar em um chamado “programa interativo” oferecido pelo zoo. O vídeo provocou indignação intensa e após a repercussão negativa, o Yunnan Safari afirmou que a prática será banida permanentemente.
Veja o vídeo abaixo:
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