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A proteção dos habitats é indispensável para evitar novas pandemias

13 de abril de 2020
2 min. de leitura
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O cientista e pesquisador do Conservation International, Lee Hannah, defende que há quatro maneiras de sobreviver à pandemia atual: uso de máscaras e respiradores, aprimoramento da infraestrutura de testes, fim do mercado de animais silvestres, principalmente os destinados ao consumo humano, como o de Wuhan, na China, e o quarto e mais importante, cuidar da natureza.

Um artigo publicado pela revista Time no último dia 08 reforça que a destruição de ecossistemas é a responsável pela transmissão da Covid-19 de animais silvestres para seres humanos. Segundo Hannah a população mundial precisa ser reeducada. “Precisamos dizer às pessoas agora que há uma série de coisas que precisamos fazer quando sairmos dessa bagunça para garantir que isso nunca aconteça novamente”, aponta.

O papel da preservação da biodiversidade na prevenção de doenças vem ganhando atenção. Em 2015, a Organização das Nações Unidas alertou que é necessário uma abordagem mais ecológico no estudo de doenças, em vez de uma abordagem simplista que isola apenas o micro-organismo. Isso possibilita que uma compreensão mais rica do desenvolvimento e origem das doenças.

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A publicação afirma que é “um jogo de números”, pois nem todas as espécies de uma comunidade são suscetíveis a uma determinada doença, assim como bem todos são transmissores eficientes. Em ecossistemas bem separados das habitações humanas, os vírus fluem sem causar danos, mas a medida que há um impacto humano nesses locais e com os deslocamento de pessoas pelo mundo, esse equilíbrio acaba.

O risco de disseminação de vírus da vida selvagem para os seres humanos está intrinsecamente ligado ao aumento de contato entre as pessoas. A afirmação é o resultado de uma pesquisa realidade pela Dra. Christine Kreuder Johnson, pesquisadora e professora da UC Davis. Segundo o estudo, quase metade das novas doenças que saltaram de animais para humanos após 1940 pode ser atribuída a mudanças no uso da terra, agricultura ou caça à vida selvagem.

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Entre os exemplos citados estão SARS, Ebola, Nilo Ocidental, Lyme e MERS. A pesquisidora acredita que há mais de 10 mil vírus transmitidos de animais para seres humanos. A única maneira de de impedir que novas pandemias explodam é estabelecer relações mais gentis e amigáveis com o meio ambiente e com nossos companheiros de existência: os animais.


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