Animais são mantidos em gaiolas minúsculas, sem alimento, sob intenso estresse psicológico a ponto de se mutilarem e praticarem canibalismo
Investigações realizadas por ativistas em defesa dos direitos animais em todo mundo desmascararam a realidade de animais escravizados e explorados unicamente para a satisfação humana, seja em fazendas, laboratórios, zoológicos, circos e outros, mas um dos locais onde ocorrem os maus-tratos mais cruéis são em fazendas de pele. Nestes locais, animais são mantidos em gaiolas minúsculas, sem alimento, sob intenso estresse psicológico a ponto de se mutilarem e praticarem canibalismo. Os recintos são repletos de sujeira, fezes, urina e cadáveres de outros animais e isso é apenas a ponta do iceberg.
Na indústria de peles, os animais são retirados da natureza sendo capturados por armadilhas que provocam ferimentos profundos e extremamente dolorosos. Para que a pele atenda as exigências do mercado, os animais são esfolados ainda vivos e deixados em agonia sofrendo uma morte lenta e indescritível. Felizmente, com a internet e as redes sociais, essas informações rapidamente chegaram ao público e o interesse de peles de origem animal caem continuamente. Para tentar reter essa queda causada por denúncias de maus-tratos e crueldade contra animais, esta indústria brutal está tentando reagir.
Assim como fez a indústria pecuária ao criar políticas bem-estaristas como “ovos de galinhas livres” e “porcos fora das jaulas”, a indústria de pele também está trabalhando em estratégias de suposto bem-estar animal para tentar tornar legítimo e aceitável o sofrimento de animais apenas para atender mercados de vestuário e acessórios. Essas campanhas, chamadas de “WelFur”, algo como “pele do bem”, estão sendo fortemente criticada por ativistas e organizações de defesa animal que chamam as propagandas de “espelho e fumaça”, uma expressão que significa “imagem ilusória” e ficou popular pelo escritor britânico Neil Gaiman para descrever engôdos, propagandas enganosas.
Segundo a Humane Society International (HSI), a campanha é “cínica” e é uma tentativa de “mascarar o sofrimento dos animais” apenas por interesse financeiro. A organização afirma ainda que é impossível que qualquer indústria que mantenha animais em cativeiro seja capaz de atender as necessidades físicas e emocionais destes animais. Raposas precisam cavar para construírem suas tocas e visons são animais semi-aquáticos que precisam estar constantemente em contato com a água. O WelFur, segundo a HSI, é uma forma de defender o indefensável e tentar impedir o fim de uma indústria que está ultrapassada e precisa ser banida.
Grandes indústrias como Gucci, Versace e Prada já anunciaram que não usarão mais pele de origem animal em suas coleções. O mundo está em transformação e tentativas de “fumaça e espelho” não encontram mais lugar nas novas gerações.
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