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Fotojornalista registra tamanduá cego fugindo de queimada na Amazônia

21 de agosto de 2019
3 min. de leitura
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Foto: Aranquém Alcântara

O fotojornalista Aranquém Alcântara realiza um importante trabalho de denúncia social e suas lentes têm sido usadas como importante fonte de conscientização sobre a destruição ambiental da Amazônia. Recentemente, ele divulgou em suas redes sociais um registro feito em 2011, mas que traduz em imagem o drama atual dos animais afetados pelas queimadas e pelo desmatamento: um pequeno tamanduá-mirim luta para sobreviver em meio as chamas.

A foto foi postada no perfil do fotógrafo no Facebook e rapidamente viralizou. Cego e com grande parte do corpo queimado, o frágil mamífero evidencia o sofrimento silencioso a que são submetidas milhões de espécies que têm na Amazônia seu lar ancestral e habitat. Após a repercussão da imagem, Aranquém fez um vídeo explicando como foi o encontro com o animal.

“Esse tamanduá estava na beira da estrada Cuiabá – Santarém (BR-163). Eu o vi de longe, mas não conseguia identificar. Eu pulei a cerca, fui até ele e vi ele saindo da queimada cego e já queimado na frente, na região frontal, e quando ele me sentiu aproximar, tentou se defender. Essa é uma atitude de defesa dos tamanduás (ficar sob duas patas com os braços abertos). Eu fiquei comovido com a luta dele pela sobrevivência”, disse o fotógrafo.

Assista abaixo o vídeo completo:

Além da foto do tamanduá, Aranquém também publicou uma série de fotos intitulada “Amazônia. Sem palavras”, onde retrata grandes áreas atingidas por queimadas e regiões devastadas para a extração de minérios. “Briguem, xinguem, deblaterem, revoltem-se. Mas, falem da nossa Amazônia. Acho que a chance de salvá-la está aí. A Amazônia é nossa e pode ser salva, mas temos que botar a boca no mundo. As riquezas que ela possui em seu ventre bem podem acabar com a fome deste país”, afirma em uma postagem.

O trabalho do fotojornalista suscita reflexões sobre a importância da preservação o meio ambiente para a sobrevivência de toda a humanidade, como demonstra alguns comentários na página de Aranquém no Facebook. “Os madeireiros entram e ‘pegam’ as árvores que ‘interessam’ e deixam o caminho aberto para o agronegócio. A crueldade animal e a destruição do meio ambiente estão associadas. Para frear essa engrenagem mortal, uma das principais atitudes é desapegar de toda e qualquer ação ou produto que transforme os animais em coisas. Na sociedade em que vivemos não tem como fazer isso de forma total (100%), mas podemos sim, fazer muito, se fizermos o que estiver ao nosso alcance”, disse uma internauta.


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