Depois de décadas de incontáveis protestos, 2018 foi finalmente o ano em que a moda começou a pôr um fim no uso de peles de animais. Com esse grande progresso realizado, organizações como a People for the Ethical Treatment of Animals (PETA) voltaram suas atenções para um novo objetivo: lutar contra o uso de lã.
A PETA afirma que não existe nenhuma maneira ética de tosquiar as ovelhas e retirar sua lã. Em seus esforços para esclarecer como o material é produzido, o grupo internacional de direitos animais lançou campanhas contra varejistas como a Forever21 pelas vendas de lã, e, mais recentemente, lançou 11 exposições focadas em revelar o quão prejudicial e dolorido é o processo de corte para as ovelhas.
“O que é importante perceber é que não se trata de denunciar uma ou duas fazendas ruins, isso é um problema sistemático”, diz a diretora-associada da PETA, Ashley Byrne. “Nós encontramos as mesmas coisas [através de operações de corte de ovelhas.] Animais são espancados, chutados, perfurados e mutilados na frente um do outro de maneiras horríveis.”
Embora existam empresas que afirmam que seus materiais são produzidos de forma responsável e ética, a PETA diz que toda a indústria está repleta de abuso de animais. Por exemplo, Byrne diz que parte da investigação da PETA incluiu a observação de fazendas que abastecem empresas como a Patagonia, uma marca que enfatiza publicamente seu uso de materiais “sustentáveis e socialmente responsáveis”.
Depois de uma investigação de 2017 ter descoberto que um fornecedor de lã da Patagonia abusava de ovelhas em sua fazenda, a empresa suspendeu duas vezes as compras com esse fornecedor. Em setembro de 2018, a Patagonia se negou a revelar seus últimos fornecedores de lã para a PETA, apesar das promessas de transparência por parte da empresa.