Um ensaio fotográfico feito com itens apreendidos em aeroportos mostra a exploração e a crueldade imposta aos animais silvestres. Produzidas pela fotógrafa Britta Jaschinski, as fotos têm o intuito de discutir qual é o limite da vontade humana de se alimentar de produtos da vida selvagem ao custo de muito sofrimento e, em alguns casos, da extinção de espécies.
“O contratempo agora é que quanto mais rara a espécie, mais lucrativa ela é quando está morta”, lamenta a fotógrafa. “As pessoas querem aquele último rinoceronte porque vale muito mais dinheiro. Se não conseguisse tirar fotografias, eu encontraria uma maneira de contar a história. O que vem primeiro é a missão. Eu tento ser uma voz para animais que não podem ser ouvidos de outra maneira”, acrescenta.
As fotografias de Britta são produzidas de forma intencionalmente artística, mas não tem como objetivo principal exaltar a aparência da obra, mas sim mostrar o quão sombria e cruel é a ação do ser humano contra os animais silvestres.
“O público se acostuma com fotos de marfim em chamas. Precisamos de outro serviço para que eles despertem”, explica Britta. As informações são do portal Fatos Desconhecidos.
Troféus de caça e a representação de determinadas partes dos corpos de alguns animais, consumidas devido à ideia errada e cruel de que ao consumi-las é possível garantir força e vitalidade, também fazem parte da obra da fotógrafa. Em relação a essas práticas, especialmente a da caça, Britta afirma que acredita que a explicação para que sejam realizadas está na dominação.
“Eu acho que os seres humanos têm uma necessidade primitiva de dominar”, afirma. “Quando vivíamos em tribos, era sobre sobrevivência. A evolução humana deu errado aqui”, completa.
Britta está responsável atualmente pela produção de um livro, feito em conjunto com outros vinte fotógrafos da vida selvagem – incluindo os fotógrafos da National Geographic, Charlie Hamilton James, Klaus Nigge, Michael “Nick” Nichols, Brian Skerry e Brent Stirton -, que tem como objetivo promover conscientização em relação à preservação dos animais silvestres e por fim à demanda por produtos advindos da exploração e morte deles.
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