Uma ótima notícia foi divulgada na semana passada. A Cidade do México proibiu oficialmente a existência de “golfinhários” (aquários para golfinhos) na capital do país.
Os passos iniciais em rumo a essa decisão foram dados em 2014, quando a capital – e logo em seguida todo o país – aboliu a exploração de animais em apresentações circenses. No ano passado, a proibição do turismo envolvendo performances artísticas e programas para nadar com golfinhos foi outra medida crucial para isso.
De acordo com a ONG PETA, a lei aprovada determina que os “golfinhários” serão obrigados a realocar todos os golfinhos que foram mantidos em cativeiro até então.
BREAKING: #MexicoCity officially banned dolphinariums today! Within six months, there will be no captive dolphins in the city. RETWEET if you want ALL cities to ban them! pic.twitter.com/Gny0lOlZ7E
— PETA (@peta) 4 de maio de 2018
Os impactos do enclausuramento em golfinhos
Golfinhos são animais sociáveis. No mar, eles vivem em harmonia uns com os outros, em grupos sociais grandes e complexos. Precisam de amplos espaços para nadar e entrar em contato com outros golfinhos.
Manter animais selvagens em cativeiro, de uma forma geral, traz uma série de consequências, que vão desde problemas psicológicos e podem resultar até mesmo em morte.
Com animais marinhos, não é diferente. Golfinhos explorados em performances aquáticas são mantidos presos nos tanques, longe da família, sendo obrigados a executar movimentos repetitivos, que não possuem qualquer sentido para eles, e a nadar sempre em círculos, sem chegar a lugar algum.
Por essa razão, a maioria deles morre muito antes do que o esperado.
Novo caminho sendo traçado
Além do México, outros países têm seguido no mesmo sentido: também na semana passada, Barcelona proibiu a exploração de golfinhos em aquários e exibições, e a República Dominicana aprovou uma lei que torna ilegal o comércio dos animais no país.
A ONG PETA comemora as decisões, e enxerga nelas um caminho sendo traçado nesses países, em que os animais aquáticos deixarão de ser vistos como meros ornamentos. É também uma oportunidade para que os governos ao redor do mundo percebam que o lugar deles, definitivamente, não é presos em tanques e, sim, soltos no oceano.