O Brasil é o décimo país no mundo com a maior pegada de carbono por habitante relacionada ao consumo de produtos animais. Por aqui, cada pessoa é responsável pela emissão de 223,24 kg de dióxido de carbono por ano. Ao mesmo tempo, o brasileiro gera apenas 13,51 kg de dióxido de carbono associados ao uso de alimentos não animais.
Esses dados revelam também um grande potencial para provocar impactos positivos para o meio ambiente com o estímulo a uma dieta de base vegetal no País.
Essas conclusões fazem parte de um estudo feito por uma empresa de suplementos nutricionais alemã, a nu3, que usou como base dados do órgão das Nações Unidas para a Alimentação, a FAO. O objetivo era descobrir quais países têm o maior potencial de redução de suas emissões de dióxido de carbono por habitante caso consigam mudar os hábitos de consumo de sua população para uma dieta de base vegetal.
O potencial para redução de emissões é baseado na avaliação da quantidade de dióxido de carbono que seria gerada a menos em cada país por ano se cada habitante trocasse 1 kg de produtos animais por 1 kg de produtos não animais.
“Com esse estudo, que revela como a mudança de hábitos de consume pode reduzir drasticamente nossa pegada de carbono, fica cada vez mais difícil ignorar os benefícios da mudança para uma dieta baseada em vegetais, tanto para a nossa saúde quando para o nosso planeta”, disse o presidente da nu3, Robert Sünderhauf, ao jornal The Jerusalem Post.
A Argentina recebeu o título nada invejável de país com a maior pegada de carbono per capita relacionada ao consumo animal. Cada habitante emite, por ano, 305,81 kg de dióxido de carbono por ano, mais do que em qualquer outro lugar. Isso se deve ao elevado consumo de carne vermelha por lá. Ao mesmo tempo, cada argentino gera apenas 7,94 kg de dióxido de carbono pelo consumo de produtos não animais.
A Austrália tem o segundo maior potencial de redução de emissões, seguida por Islândia, Albânia e Nova Zelândia.
Adotar uma dieta livre de produtos de origem animal é, sem dúvida, a melhor alternativa para reduzir drástica e efetivamente a pegada de carbono.