Durante dois anos, uma testemunha ocular da organização de proteção animal Tras los Muros visitou 58 matadouros em todo o México, que é um dos principais produtores mundiais de carne de vaca, frango e porco. Os EUA são o principal destino da carne enviada do México e um sofrimento desenfreado foi documentado em todos os locais visitados.
Não importa o hemisfério, nada humano pode acontecer em um matadouro. É comum a indústria ferir e matar animais durante o processo de extermínio de modos que seriam ilegais caso fossem feitos contra um cão ou gato. Todas as vezes em que os consumidores compram um sanduíche de frango, uma pizza de pepperoni ou um cheeseburger eles financiam uma crueldade extrema.
A testemunha viu algumas vacas gritando de dor e pavor quando foram içadas acima de uma piscina de sangue e transferidas para o local onde ocorria os assassinatos.
Os animais nem sempre morreram instantaneamente após terem as gargantas cortadas. Algumas vacas estavam vivas enquanto seus pés eram cortados e seus órgãos removidos.
Algumas vacas deram chutes depois que seus crânios estavam abertos, outras ainda estavam conscientes e agonizavam enquanto suas orelhas eram arrancadas e ainda havia animais respirando enquanto eram esfolados, revelou a PETA.
Nos matadouros que não utilizavam pistolas de êmbolo, os funcionários esfaqueavam as vacas na coluna vertebral com uma lâmina. Muitas vacas foram esfaqueadas inúmeras vezes antes de perderem a consciência. Alguns cavalos chegavam ao matadouro tão paralisados que não conseguiam andar e eram arrastados para o local dos assassinatos. Eles foram enforcados por uma corrente colocada no pescoço até sufocarem. Alguns animais foram espancados com tacos ou machados antes de serem assassinados.
Já os porcos eram esfaqueados deliberadamente, inclusive na cabeça e no rosto. Alguns tinham convulsões em cima dos companheiros enquanto morriam lentamente. Alguns porcos provavelmente ainda estavam conscientes quando eram despejados em um tanque de água escaldante.
As galinhas foram descarregadas de caminhões e penduradas de cabeça para baixo em ganchos. Enquanto isso, tinham as cabeças submersas em um tanque repleto de água eletrificada que resultava em sangramento e em fraturas ósseas. Depois de terem as gargantas cortadas, manualmente ou com uma lâmina automática, as galinhas foram despejadas em tanques com água escaldante para a retirada das penas. É possível que algumas aves estivessem conscientes durante o processo.
Nos matadouros que não possuíam linhas de processamento mecanizadas, as galinhas foram colocadas em cones metálicos. Os funcionários cortaram a garganta das aves com uma faca ou inseriam a faca em suas bocas. Em seguida, os animais passaram diversos minutos se contorcendo em desespero.