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União Europeia pode proibir pesticidas que ameaçam sobrevivência de abelhas

5 de março de 2018
2 min. de leitura
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A Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) concluiu em uma nova avaliação que o maior uso de três neonicotinoides amplamente populares – imidacloprid, clothianidina e tiametoxam – representa um risco para as abelhas, que desempenham um papel crucial na polinização em todo o mundo.

Foto: TED Talks

A conclusão, baseada na análise de mais de 1500 pesquisas, pode resultar na proibição dos pesticidas em campos de toda a União Europeia (EU) quando o tema for submetido a uma votação no próximo mês.

A UE já proibiu os pesticidas em culturas florestais em 2013. Porém, o novo relatório sugere que a proibição existente é insuficiente, já que a utilização dos produtos químicos em qualquer ambiente externo pode ameaçar as abelhas.

Milhares de estudos identificaram os neonicotinoides como fatores cruciais para o declínio das populações de polinizadores. Os químicos prejudicam os pássaros e os invertebrados aquáticos, segundo o Ecowatch.

“A disponibilidade de tantos dados, assim como a orientação, nos possibilitou chegar a conclusões muito detalhadas. Existe uma variabilidade nas conclusões devido a fatores como as espécies de abelhas, a utilização do pesticida e a exposição. Alguns riscos baixos foram identificados, mas, em geral, o risco para os três tipos de abelhas que avaliamos é confirmado”, disse José Tarazona, chefe da unidade de pesticidas da EFSA.

A indústria química alemã Bayer produz imidacloprid e clothianidin e a empresa Syngenta produz tiametoxame. Ambas protestaram nos tribunais contra as restrições da UE.

Já os grupos ambientais celebraram o novo relatório da EFSA. “A evidência é enorme de que as abelhas, culturas e plantas que polinizam estão correndo risco devido aos pesticidas neonicotinoides. Os governos nacionais devem parar de discutir e apoiar a proposta de proibição de neonicotinoides da UE como o primeiro passo para prevenir o colapso catastrófico das populações de abelhas”, disse Franziska Achterberg, consultora da Greenpeace para política alimentar da UE.

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