Uma filmagem mostra o tratamento cruel de leitões em um matadouro onde os funcionários os esmagam até a morte em um piso de concreto.

Câmeras escondidas instaladas em um matadouro alemão mostram os animais sendo agarrados por suas patas traseiras antes de serem jogados no chão.

O barulho de seus crânios batendo no chão rígido pode ser ouvido ecoando pelo local. O vídeo registrou pelo menos 15 casos de morte e tortura em apenas um dia.

Porcos jovens que deveriam estar muito doentes ou debilitados para sobreviver foram jogados e esmagados contra o chão do matadouro. Outros clipes mostram os animais sendo chutados, agredidos, golpeados e esfaqueados com objetos afiados, enquanto suas mães aparecem com lesões e ferimentos abertos. Uma mãe espuma pela boca e outra está aparentemente coberta de ferimentos, sem pelos nas laterais posteriores.

Os estábulos escuros mal possuem espaço para os animais se levantarem e muitos parecem ter desmaiado de exaustão. Ainda que consigam ficar em pé, eles lutam para ficar em pé sobre camadas de sujeira e fezes. Em uma cena do vídeo, uma mãe dá a luz a um pequeno filhote no recinto apertado e quase o esmaga porque não consegue se mover.

Todas as filmagens foram gravadas em apenas um dia em um edifício alto de seis andares em Maasdorf, Anhalt-Bitterfeld, na Saxônia-Anhalt, Alemanha.

A estrutura de concreto – conhecida como Schweinehochhaus, ou arranha-céu de porcos – contém até três mil porcas exploradas para a reprodução e seus filhotes.

Ativistas instalaram câmeras escondidas dentro do prédio para gravar 500 horas de filmagem e entregaram o material para o grupo de proteção de animais Deutsche Tierschutzbur. Algumas das imagens foram compartilhadas dezenas de milhares de vezes na página do grupo no Facebook.

Um ativista, Jan Peifer, 37 anos, declarou à mídia alemã: “Não existia absolutamente nenhuma razão para que eles chutassem os porcos ou abusassem deles ou os espancassem até a morte do modo que fizeram”.

De acordo com o Mirror, Peifer liderou uma investigação anterior no mesmo prédio há três anos que resultou em acusações de crueldade contra a empresa HET GmbH. Os ativistas têm pedido que mais acusações sejam feitas contra o Pig Skyscraper, seus gerentes e seus funcionários.

O gerente geral da HET GmbH, Michiel Taken, se recusou a comentar sobre a investigação. Peifer ressaltou: “Os oficiais precisam fazer algo sobre a situação aqui e, finalmente, fechar este arranha-céu de porcos”.

No entanto, as autoridades da agricultura do governo local disseram que isso pode não ser possível de acordo com a legislação alemã porque a instalação passou pelo mais recente teste de bem-estar há somente três meses. A medida mais rígida seria remover os animais do local, mas isso só deve ocorrer com a comprovação de abusos ainda mais graves do que o horror mostrado pelos ativistas.