O European Research Group on Environment and Health in the Transport Sector – um organismo financiado pela BMW, pela Daimler e pela Volkswagen – foi acusado de fraude.
Um Volkswagen Beetle foi fornecido pela Volkswagen para testes nos quais 10 macacos foram forçados a inalar fumaça. Além da crueldade contra os animais, o procedimento foi manipulado para que o veículo produza emissões muito menos nocivas, apontou o The New York Times.
Os detalhes do experimento, que ocorreu em 2014, foram revelados durante um processo contra a Volkswagen em 2017 nos EUA.
O governo alemão condenou os testes. “Esses testes não são justificáveis de uma maneira ética e levantam muitas questões críticas sobre aqueles que estão por atrás deles”, disse Steffen Seibert, porta-voz da chanceler alemã, Angela Merkel.
O European Research Group on Environment and Health in the Transport Sector foi encerrado em 2017, em meio à controvérsia. As descobertas foram citadas em relatórios da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, assim como do Instituto Nacional de Saúde e Excelência de Atenção (NICE).
David King, principal ex conselheiro científico do governo, afirmou ter sido ser levado para um laboratório no início dos anos 2000, onde havia 10 veículos a diesel. King, que tem asma, disse que o ar estava tão limpo que conseguiu respirar normalmente, revela o Daily Mail.
Porém, o documento alega que as montadoras europeias construíram os veículos para passar nos testes de emissões e que a poluição produzida por eles aumenta em rodovias.
Vários estudos realizados pelos governos britânico, francês e alemão mostram que os carros a diesel produzidos por quase todos os fabricantes europeus geravam uma poluição muito maior do que é permitido por lei.