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Poluição humana altera a aparência de cobras marinhas

23 de agosto de 2017
1 min. de leitura
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As cobras marinhas Emydocephalus annulatus vivem em recifes de corais no Indo-Pacífico e possuem listras pretas e brancas. Porém, a pesquisa, publicada na Current Biology, revelou que os animais que residem em áreas com mais atividade humana nas proximidades ficaram completamente pretos.

Mudança na aparência das cobras
Foto: Reprodução, Irish Examiner

O estudo constatou que a diferença de cores ocorreu por causa da exposição à poluição. Os corpos pretos facilitam a destruição dos contaminadores, como arsênico e zinco, quando ocorre a mudança de pele.

Ao contrário daqueles expostas à poluição, os animais que viviam em partes primitivas de um recife ainda possuíam listras brancas.

O efeito do escurecimento da pele em animais devido à poluição é conhecido como melanismo industrial e as áreas urbanas e industriais mudaram muito a aparência das cobras.

Esse escurecimento foi observado em cobras que vivem perto de seres humanos, segundo o Irish Examiner.

“Os animais que estudo continuam me surpreendendo. Acredito que é notável encontrar melanismo industrial em organismos tão diferentes quanto mariposas e cobras marinhas”, disse Rick Shine, da Universidade de Sydney.

O estudo, liderado por Claire Goiran, da Universidade de la Nouvelle-Calédonie, foi iniciado depois que os pesquisadores notaram que as penas mais escuras – como as de pombos urbanos – “aumentam a habilidade de um pássaro de eliminar poluentes”.

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