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Polícia de Sales Oliveira (SP) intensifica investigações sobre cães exterminados

29 de maio de 2010
3 min. de leitura
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Não se sabe o número exato de animais mortos por um misterioso exterminador serial. Entre cães e gatos, mais de 40 animais foram envenenados, nos últimos dois meses. Voluntários se unem para cuidar dos sobreviventes – muitos deles salvos depois do ataque. E a polícia de Sales Oliveira (SP), a pedido do prefeito, tutor de um pastor belga, também aperta as investigações.

Maria Aparecida Marangoni, a Pingo, enviou de vísceras de animais mortos para exame, para ter a prova definitiva de envenenamento. (Foto: Weber Sian).

 No sábado 22 de maio, dia de  Santa Rita de Cássia, o município de Sales Oliveira, oito mil habitantes, a 40 quilômetros de Ribeirão Preto,  completou 103 anos.  Entre o melhor dos festejos, destacou-se aprocissão em homenagem à padroeira. Depois disso, nenhum outro cão foi morto em Sales com suspeita de envenenamento.

O  último caso havia ocorrido quatro dias antes, (17, segunda-feira) e foi  comunicado à polícia.  O Boletim de Ocorrência,  o quarto notificando morte de cães,  informava ter-se encontrado do corpo de um cachorro  sem raça definida, às 9h, numa lixeira na avenida Mogiana, em frente à rodoviária.  M.A.A, autora da queixa, achou que fosse um animal por causa do formato do saco de lixo.

Era o corpo de Amarelo. A denunciante foi Maria Aparecida Amador Marangoni, a Pingo, que mantém na cidade um comércio de banho e tosa de animais.

Indignada com outra morte,  dessa vez decidiu ir fundo e  bancou a retirada das vísceras de Amarelo, na única clínica veterinária de Sales. Constatada a existência de pedaços de salsicha no intestino e indícios  do uso de “chumbinho”, ela enviou as vísceras para exames toxicológicos em Franca e Bauru.

Pingo não tem dúvidas de  que todos os cães foram mortos por envenamento. Ela apenas quer uma prova oficial. Documentada.

As primeiras mortes

O primeiro boletim policial  sobre morte de cães foi  registrado no dia 27 de abril. A denunciante,  IJC, relatou  ter encontrado os corpos de três animais sem raça definida, às 7h, na avenida Mogiana, em frente ao  ginásio municipal.  Ela disse que os conhecia  da rua, que estavam bem de saúde no dia anterior e estranhava as mortes. Os cães não tinham nomes.

No dia seguinte, outra testemunha,  IJC comunicou ter encontrado o corpo de um cão sem raça definida,  em frente ao ginásio muncipal. No dia 14 de maio, o corpo do quinto cão foi encontado na rua Voluntário Nélio Guimarães, em frente ao número 232, um prédio municipal.  Era a sexta morte oficial.

Extraoficialmente, as mortes de cães e gatos são estimadas entre 30 a 40. Pingo cita nomes de pessoas que perderam cães.

“Dona Rita Machado  perdeu um,  o “seu” Élcio Esteves perdeu dois, o rapaz do pet shop perdeu um cão. Na mesa da Angélica Bezzan (veterinária) morreram mais dois. No Marincek (bairro) os cães mortos foram embalados e levados pelo caminhão de lixo. Ninguém registrou BO. Junto com os cães do Centro, morreram dois gatos, também levados em sacos de lixo”, afirma Pingo.

José Faiane, 76 anos, tem um bar na rua São José. De um dia para outro, ele sentiu a falta de seis gatos  que via diariamente num terrreno perto de seu comércio. “Foram mortos”, confirmou.

Fonte: A Cidade

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