Maninho Pacheco
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Explorador e criador de tigres e leões para exposição, o empresário Ary Marcos Borges da Silva, dono do Canil e Escola Emanuel de Maringá, acionou administrativamente no ano passado a profissional Patrícia Nasser Gardemann no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR).
A ação de Ary Marcos foi uma resposta às denúncias de Patrícia na imprensa local sobre os maus-tratos a que foram submetidos tigres e cobras python durante uma exposição patrocinada pelo empresário. Ary Marcos ameaçou Patrícia para que se “retratasse” no jornal. Diante da recusa da veterinária. o empresário recorreu ao CRMV solicitando que fosse aberto processo ético contra a profissional, sob a alegação de ter sua “imagem denegrida”.
A imagem de Ary Marcos junto aos ativistas defensores dos animais já está devidamente denegrida há algum tempo. O empresário explora leões africanos, tigres siberianos e de Sumatra para utilizá-los em exposições, comerciais e em programas de TV. Tudo indica que o local também promove a procriação desses animais.
Quem primeiro passou a investigar as atividades do empresário Ary Marcos Borges da Silva foi o Fórum Capixaba em Defesa dos Direitos e Bem Estar dos Animais (Foca), do Espírito Santo. Por intermédio da Superintendência do Ibama daquele estado, o Foca foi informado pelo Ibama do Paraná que o Canil e Escola Emanuel é um estabelecimento registrado como mantenedouro de fauna exótica, mas que não tem autorização para reproduzir muito menos vender animais. O Ibama do Paraná tem questionado o Ibama de Brasília sobre as exposições itinerantes promovidas por Ary Marcos. Até o momento a direção do órgão em Brasília não tomou nenhuma medida concreta.
