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Cresce o comércio espécies em extinção, nas Filipinas

11 de janeiro de 2012
2 min. de leitura
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Por Teresa Cerojano (Huffington Post)
Tradução por Patrícia Tai (da Redação)

Foto: Reprodução/AWF

Na semana passada, autoridades das Filipinas apreenderam grandes cargas de carne de tamanduá e carapaças de tartaruga, o que mostra que o comércio de animais em extinção está crescendo.
Vinte e seis quilos de carne de tamanduá filipino, prestes a serem contrabandeados para Manila como carne de bode, foram confiscados na quarta-feira passada no aeroporto da cidade de Puerto Princesa que fica no sudoeste da província de Palawan, segundo Alex Marcaida, um funcionário da área de meio ambiente.
Na segunda-feira, noventa e cinco quilos de carne de tamanduá e noventa quilos de carapaças de tartarugas foram apreendidos no mesmo aeroporto, disse ele. A expedição tinha um valor de mercado de quase um milhão de pesos.
Para os chineses, o tamanduá é tratado como uma iguaria. Suas escamas são usadas na medicina tradicional chinesa.
A carapaça da tartaruga é formada de placas que cobrem o casco e que são cruelmente usadas para decorar instrumentos musicais e outros produtos.
Marcaida disse que é possível que os comerciantes estejam voltando a sua atenção cada vez mais para Palawan, que abriga uma fauna exótica, para obter a carne de tamanduá, uma vez que essa espécie animal foi desaparecendo em outras partes do Sudeste Asiático devido à caça e ao desmatamento.
A União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN) confirma que a demanda crescente por tamanduás, em sua maioria da China continental, mais a falta de uma legislação rigorosa, estão acabando com esses animais em seu habitat florestal no Sudeste Asiático.
Os animais estão protegidos pelas leis em muitos países asiáticos, e uma proibição internacional sobre o seu comércio está em vigor desde 2002. Mas essas medidas têm tido pouco impacto sobre o comércio ilícito, disse a IUCN.
O IUCN lista os tamanduás filipinos, típicos de Palawan, como a espécie mais ameaçada.
Marcaida, que faz parte de um Conselho para o Desenvolvimento Sustentável do governo de Palawan, disse que o acompanhamento rigoroso do comércio de tamanduá levou os comerciantes a tentarem contrabandeá-lo como carne e escamas. Um quilo de escamas de tamanduá é vendido por 5.000 pesos (equivalente a 114 dólares). Há suspeitas de envolvimento de comerciantes nos embarques apreendidos, mas nenhuma prisão foi feita e a investigação está em curso.

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