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Cães usados para guarda do Príncipe William são mortos após serviços prestados

19 de setembro de 2013
6 min. de leitura
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(da Redação)

Príncipe William na base RAF Valley. Foto: Daily Mail
Príncipe William na base RAF Valley (Foto: Daily Mail)

A decisão de matar dois cães que foram usados para fazer a guarda do Príncipe William durante sua estadia na base aérea militar de Royal Air Force (RAF Valley) do Reino Unido enfureceu especialistas em animais e funcionários do local.

Brus, um cão da raça Pastor Belga, e Blade, um Pastor Alemão, foram assassinados na sexta-feira (13), logo após o Príncipe ter terminado o seu turno final como piloto de busca e resgate da RAF Valley em Anglesey. As informações são do Daily Mail.

Organizações defensoras de direitos animais disseram que os animais foram eliminados como se fossem peças militares desgastadas, enquanto um especialista em comportamento animal afirmou que a decisão foi de uma “eutanásia de conveniência”.

Os cães mortos estavam entre os 288 que o Ministério da Defesa do Reino Unido matou nos últimos dez anos.

Funcionários da base apontaram que os cães eram muito populares e disseram que o Príncipe William – que é conhecido por amar animais e é tutor de um cão – provavelmente “ficou chocado com o destino dos dois animais”.

Os cães eram parte de um grupo trazido para prover segurança adicional enquanto o Duque de Cambridge estivesse localizado na RAF Valley. Em nota, um porta-voz do Ministério da Defesa insistiu que a decisão de destruir (sic) os cães foi “mera coincidência” e que os animais não poderiam ser realocados em lares ou em outras funções devido a problemas médicos e comportamentais.

Mas a decisão era falar com a base no dia anterior. Um membro da equipe disse a William frequentemente era visto acariciando os cães.”Todos estão falando sobre os cães e as pessoas estão desapontadas por eles terem sido mortos”, informou um membro da diretoria.

“Eu vi William afagando o Pastor Alemão algumas vezes e fazendo uma festa para ele. Eles eram realmente populares e William sempre cumprimentava todos os tratadores”.

William com seu cão Lupo. Foto: Daily Mail
William com seu cão Lupo. Foto: Daily Mail
Hurt Williams, residente local, acrescentou: “Eu conheço alguns funcionários da base e sei que os cães eram queridos lá. Alguém me disse que William sempre se entusiasmava quando via os cães e brincava com eles. Aposto que ele ficará triste quando souber que os cães não tiveram a oportunidade de ir para um lar seguro”. Kensington Palace declinou comentar o assunto, dizendo que a questão era problema do Ministério da Defesa.William estava estabelecido na RAF Valley desde 2010. Ele completou seu último voo na categoria de piloto “Sea King” na segunda semana de Setembro, quando oficialmente deixaria a base. Blade e Brus estavam em uma seção destinada a patrulhar a base aérea durante a partida do futuro Rei. Eles eram responsáveis por monitorar as pessoas, equipamentos e instalações. Mas uma vez que o Príncipe deixou o local, a unidade foi fechada”, disse uma fonte.

Os dois animais foram avaliados por um inspetor do esquadrão, que verificou se eles poderiam retornar ao Centro de Defesa Animal, que ajuda a treinar novos tratadores. Mas ambos foram considerados inadequados. Blade, de nove anos e meio, sofria de osteoartrite nos quadris e tinha sido diagnosticado com o aparecimento de uma doença na coluna vertebral, o que é comum em cães da raça Pastor Alemão em sua idade. Foi decidido que ele seria morto “por questões médicas”. Brus, de sete anos e meio, foi avaliado como um animal com “altos níveis de stress que resultavam em automutilação e expressões de agressividade excessiva”. Ele foi considerado “um risco para si mesmo, para seus tratadores e para as demais pessoas”.

O Duque não comentou a morte de Brus, na foto, que o Ministério da Defesa julgou muito agressivo para continuar vivo. (Foto: Daily Mail)
O Duque não comentou a morte de Brus, na foto, que o Ministério da Defesa julgou muito agressivo para continuar vivo. (Foto: Daily Mail)
Blade, o cão que foi morto poucos dias depois de deixar o "serviço" de guarda do Príncipe William. Foto: Daily Mail
Blade, o cão que foi morto poucos dias depois de deixar o “serviço” de guarda do Príncipe William. Foto: Daily Mail

Mas o especialista em comportamento animal, Dr Roger Mugfor, comenta: “Problemas de comportamento são frequentemente usados como desculpa para matar animais. Nesses casos, basta mudar o ambiente para que os animais se acalmem ou mudem seu comportamento. Fica a questão: os cães estariam vivos se William ainda estivesse na base? É estranho, isso soa como uma eutanásia de conveniência”.

Família em primeiro lugar: O Princípe William deixou a RAF para passar mais tempo com sua esposa Kate e seu filho George. Foto: Daily Mail
Família em primeiro lugar: O Princípe William deixou a RAF para passar mais tempo com sua esposa Kate e seu filho George. Foto: Daily Mail

Um porta-voz da ONG Dogs Trust disse: “Cães não são peças de um kit descartável que podem ser desativadas no fim de sua vida útil militar. Nós entendemos totalmente que cães de serviço não podem ser realocados como animais domésticos. A recolocação em outra função ou a aposentadoria com um tratador especializado são duas alternativas”.

“Cães não são ferramentas e não são nossos para usarmos e jogarmos fora como cartuchos vazios de munição”, afirmou um porta-voz do PETA.

Questionado pelo The Mail se ambos os cães eram considerados saudáveis e aptos a trabalhar até o momento em que serviram ao Príncipe William apesar dos problemas de saúde e comportamento dos quais eles eram acusados, um assessor do Ministério da Defesa respondeu: “Eu não acredito que estejamos em condições de confirmar isso”.

Um porta-voz do RAF declarou: “A segurança teve de ser aumentada durante a passagem do Príncipe William por RAF Valley, o que incluiu a introdução das patrulhas de segurança caninas, estes cães e seus tratadores.

O momento de suas tristes mortes foi pura coincidência. A política do Ministério de Defesa é realocar todos os cães de serviço militar no fim de sua carreira sempre que possível. Esses cães tinham um registro de problemas veterinários e comportamentais que mostravam que eles não poderiam ser contratados para outras tarefas e seriam muito agressivos para serem mantidos em lares”.

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