Por Marília Paixão (da Redação)

Uma elefanta explorada por um circo itinerante da Estônia morreu no último dia 7 no rio Narva, levantando suspeitas de que sua morte por causas naturais tenha sido acelerada devido aos maus-tratos. As informações são do ERR News.

Os treinadores haviam levado a fêmea indiana de 47 anos para nadar no rio Narva. A população exigiu que o animal fosse retirado das margens do rio, cujo uso é público, mas os tutores se recusaram, o que fez com que a polícia fosse chamada. Logo depois, a elefanta começou a apresentar fraqueza e caiu, morrendo no rio. A TV local informou que um veterinário descartou insuficiência cardíaca como causa da morte.

Ativistas pelos direitos do animais já haviam realizado um protesto quando o mesmo circo estava em turnê em Tallin, alegando que a elefanta havia levado socos. O diretor do zoológico de Tallin disse à imprensa que o animal parecia velho e cansado e que a expectativa de vida dos elefantes é de 60 anos.

O diretor do circo, Lauri Vikna, nega as acusações de maus-tratos.

Nota da Redação: A exploração de animais em espetáculos circenses por si só é uma crueldade. Animais usados em circos são privados de viver em seu habitat natural, para o qual estão perfeitamente adaptados, são forçados a realizar movimentos que não estão acostumados e não necessitam fazer, ficam longe de suas famílias e do convívio com outros de sua espécie, perdem a autonomia e liberdade, pois dependem de cuidados humanos, entre tantos outros pontos problemáticos dessa exploração cruel, que precisa ter fim. Portanto, mesmo que não apresentem marcas de ferimentos externos, que comprovem os maus-tratos, o fato de estarem no circo já configura uma crueldade com suas vidas.