Por Vinícius Siqueira (da Redação)
Faleceu hoje (16/09) a cadela Nina, companheira da fundadora e presidente da ANDA, Silvana Andrade. “Hoje minha filha peluda fez a passagem, ela me transformou como nenhum outro ser humano foi capaz”, escreveu em seu perfil no Facebook.
Nina, uma pastora de Shetland, foi a inspiração para a criação da ANDA. “A amei, a amo e a amarei por cada segundo das minhas existências. Sou hoje uma pessoa melhor por causa dela. Gratidão infinita. E mais, me tornei vegana, ativista em defesa dos direitos animais e criei a ANDA. Com certeza, onde ela estiver, continuará inspirando para o bem.”, escreveu a jornalista.
Em homenagem à cachorrinha que morreu aos 13 anos, a presidente da ANDA publicou um poema que, segundo ela, traduz em palavras a dor de perder um grande amor.
R.I.P NINA!
…
Que os aviões, gemendo acima em alvoroço,
escrevam contra o céu o anúncio: ela morreu.
Que as pombas guardem luto — um laço no pescoço —
e os guardas usem finas luvas cor-de-breu.
Era meu norte, sul, meu leste, oeste, enquanto
viveu, meus dias úteis, meu fim-de-semana,
meu meio-dia, meia-noite, fala e canto;
quem julgue o amor eterno, como eu fiz, se engana.
É hora de apagar as estrelas — são molestas —
guardar a lua, desmontar o sol brilhante,
de despejar o mar, jogar fora as florestas,
pois nada mais há de dar certo doravante.
(trecho do poema Funeral Blues –W.H. Auden – Trad. Nelson Ascher)