O elefante marinho que foi encontrado no bairro Grande Vitória, na capital do Espírito Santo, nesta quinta-feira (12), voltou a ser visto na manhã desta sexta-feira (13), nas areias de uma praia na Ilha do Boi, no mesmo município. A presença do animal atraiu curiosos ao local, inclusive crianças. O mamífero está circulando pelo litoral capixaba há aproximadamente três semanas e continua em processo de deslocamento, segundo o coordenador do Instituto Orca, Lupércio Barbosa. Ainda de acordo com o Instituto, o animal não encalhou e pode ter escolhido o litoral capixaba para descansar.
O elefante marinho é um macho, tem aproximadamente quatro anos, cerca de três metros de comprimento e pesa meia tonelada, de acordo com o coordenador do Instituto Orca Lupércio Barbosa. Os quatro anos de um elefante marinho equivalem a 18 anos de uma pessoa, segundo especialistas.
Nesta sexta, o animal foi visto por volta das 7h pela assistente técnica Lais Miranda, que registrou imagens do animal. “A movimentação foi muito grande em volta do elefante marinho. Várias pessoas tiravam fotos e tentavam passar a mão no animal”, contou Lais.
O vigia José Eduardo que tentou encostar no elefante, mas o animal abriu a boca e o assustou. “É um animal muito interessante ver um bicho desse tamanho, mas na hora que ele abriu aquele bocão de medo. Deus me livre, um bicho desse tamanho é melhor deixar quieto. A ‘boquinha’ dele é bem grande”, brincou.
Segundo Lupércio, do Instituto Orca, a população deve se acostumar com a presença do mamífero e deixá-lo descansar. “Devemos respeitar a vontade do animal. Ele quer descansar, não tem noção do perigo. As pessoas não devem tentar empurrá-lo pra dentro do mar, não devem tentar alimentar, não usar flash de câmeras. Todas essas coisas assustam e estressam o animal”, esclareceu o coordenador.
O animal é típico do Polo Sul e ainda não é possível afirmar porque ele viajou até o litoral capixaba. “É um animal que mora encostado na Antártida, então está fora da rota dele. Possivelmente é o mesmo animal que estava em Guarapari há três semanas e está em um processo de deslocamento. Ele pode estar debilitado pelo longo tempo sem se alimentar ou pode ter alguma patologia”, disse Lupércio.
Fonte: G1