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Chimpanzés lutam por liberdade em laboratórios americanos

14 de novembro de 2013
3 min. de leitura
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Por Kelly Marciano (da Redação)

Apesar do amplo apoio dado para que se tirassem estes chimpanzés das gaiolas e lhes dessem a aposentadoria que merecem em um ambiente apropriado, a tão sonhada liberdade acabou se perdendo em disputas sobre seus custos no Congresso.
Apesar do amplo apoio dado para que se tirassem estes chimpanzés das gaiolas, a tão sonhada liberdade acabou se perdendo em disputas sobre seus custos no Congresso.

Após uma longa batalha por sua libertação, chimpanzés que sofriam em laboratórios saíram vitoriosos quando o Instituto Nacional de Saúde formalmente anunciou que iria aposentar a maioria daqueles que estavam presos em suas propriedades para exploração em testes. Depois de vidas passadas em gaiolas, eles seriam livres para deitar na grama, subir em árvores, construir ninhos, formar laços uns com os outros e aproveitar a liberdade de escolha nos santuários.

Entretanto, o anúncio foi manchado não apenas pela decisão de deixarem 50 animais para trás, mas também pela preocupação sobre como as aposentadorias seriam custeadas. Apesar do amplo apoio dado para que se tirassem estes chimpanzés das gaiolas e lhes dessem a aposentadoria que merecem em um ambiente apropriado, a tão sonhada liberdade acabou se perdendo em disputas sobre seus custos no Congresso.

Em 2000, o Congresso aprovou o Ato Pela Melhoria da Saúde, Conservação e Proteção dos Chimpanzés, que determinou a criação de um sistema nacional de santuários para proporcionar cuidado por toda a vida de chimpanzés pertencentes ou mantidos pela federação que foram aposentados ou que não são mais necessários às pesquisas. Infelizmente, o teto de 30 milhões de dólares, que foi alocado para tal cuidado será alcançado este mês.

Se o teto não for elevado, quando for alcançado, o Instituto Nacional de Saúde não terá fundos para realocar chimpanzés que estão aposentados ou para pagar os cuidados de mais de 100 chimpanzés que já estão no Santuário Nacional de Chimpanzés em Louisiana, que é administrado pelo Chimp Haven, o Instituto Nacional de Saúde atualmente cobre 75% dos custos de lá.

Agora, 60 chimpanzés que foram declarados “permanentemente inelegíveis para pesquisa biomédica”, estão esperando no Centro de Pesquisas New Iberia por um ato do Congresso a favor deles, e há ainda mais de 200 aguardando uma chance.

No fim de setembro, o Senador Tom Harkin (democrata de Iowa), apresentou a Emenda de 2013 do Ato dos Chimpanzés (S. 1561), que permitirá ao Instituto de Saúde Nacional superar o teto e transferir dinheiro já alocado para o cuidado daqueles aposentados até 2023. Transferir estes chimpanzés dos laboratórios para santuários não é apenas uma decisão claramente ética, mas também economizará dinheiro a longo prazo, já que cuidá-los nos santuários é mais barato que cuidá-los nos laboratórios.

Até agora, a emenda é apoiada por democratas e republicanos. Foi aprovada pelo Comitê de Saúde, Educação, Trabalho e Pensões e passou unanimemente por todo o Senado na semana passada. Está agora sendo considerada na Casa.

“Agora que o Senado agiu, espero que a Casa dos Representantes entenda rapidamente a importância da emenda para assegurar ao Instituto Nacional de Saúde o uso dos recursos que já têm em mãos para garantir o bem-estar destes chimpanzés agora e no futuro”, disse Harkin em uma coletiva para a imprensa.

Chimp Haven já iniciou a construção necessária para abrigar os restantes 60 chimpanzés que aguardam no New Iberia e está financiando, através da campanha Caminho para o Chimp Haven, desde 2012 com a intenção de ampliar significantemente sua capacidade para receber mais chimpanzés no futuro.

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