A gata resgatada na entrada do presídio de Getulina (SP) com três celulares presos ao corpo com uma fita adesiva foi encaminhada nesta quinta-feira (13) para receber tratamento em uma clínica veterinária de Lins (SP). Ela foi abrigada pela ONG Refúgio PET e recebeu o nome de ‘Penny’. O animal, de dois anos, teve a pelagem da região da barriga raspada por causa da cola da fita adesiva.
Segundo a vice-presidente da ONG, Vanessa Muraes, a gata deve ter tido filhotes recentemente. “Penny está na casa de um de nossos voluntários e na noite desta quinta-feira percebemos que ela estava muito estressada e parecia procurar pelos filhotes. Além disso, ela apresentou sinais de que estava amamentando”, informou.
Ainda de acordo com Vanessa, a ONG acredita que ela estava sendo treinada. “Quando nós tiramos a Penny da caixa, percebemos que ela era bem dócil. Além disso, acreditamos que ela já vinha sendo treinada para o que estava fazendo e que os filhotes dela podem estar com a pessoa que a maltratou desta forma”. A gata se recupera bem e deverá tomar medicação para secar o leite. “Ela também será castrada e encaminhada para a doação”, ressaltou a vice-presidente da ONG.
O caso
A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) divulgou na quarta-feira (12) fotos da apreensão do animal que foi usado para levar celulares para dentro da unidade prisional.
De acordo com a SAP, a direção da unidade já investigava uma denúncia de que presos tentavam burlar a segurança usando animais domésticos para inserir materiais ilegais na penitenciária.
Durante a ronda, os agentes localizaram a gata andando com dificuldade na portaria e o atraíram com alimentos. A polícia também vai apurar quem deveria receber os aparelhos.
Ainda de acordo com a SAP, esta é a primeira vez que uma gata é usada para levar celulares para um presídio do Estado. Em maio do ano passado, pombos foram utilizados para transportar celulares para a penitenciária de Pirajuí, a 73 quilômetros de Getulina. Duas aves foram encontradas com espécies de mochilas presas ao corpo carregando celulares. Na ocasião, a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as responsabilidades no caso.
Fonte: G1