Oito cães e seis gatos que estavam ao cuidado dos serviços municipalizados de Guimarães, em Portugal, passam a ter um tutor. É o efeito de uma campanha de adoção levada ontem a cabo no Parque da Cidade.
Para a veterinária municipal, Guida Brito, “é um número bom”, mas — acrescenta, “mais que o número importa a convicção de que os entregamos a pessoas que estavam motivadas para tomar conta deles”. “Também conta a divulgação e sensibilização que resulta sempre destas campanhas”, adianta aquela responsável, dizendo acreditar que algumas das pessoas que não adotaram animais ontem ficaram de voltar ao canil para um novo contato.
Uma ficha e uma limpeza
Foram postos para adoção cerca de cinquenta cães e trinta gatos. As pessoas interessadas preenchem uma ficha de adoção e são informadas de que os animais não se encontram vacinados, devendo por isso fazê-lo. Também são informadas da obrigatoriedade de aplicação do microchip. Depois de cumpridas as formalidades, o animal passa ainda por uma operação de limpeza por uma funcionária da autarquia e no caso dos gatos um arranjo às unhas.
“Fazemos ao longo ano várias destas ações”, diz-nos Guida Brito. A veterinária municipal de Guimarães, questionada sobre o que acontece a estes animais enquanto não são adotados, explica que vão sendo inseridos em campanhas de divulgação, na internet, em locais públicos, na biblioteca.
Os serviços vimaranenses da autarquia dispõem de cinquenta “boxes” com capacidade para acolher mais de cinquenta animais, quando seu porte é reduzido.
São bem tratados e levados duas vezes por dia a um período de recreio, explica ainda.
Não há em agenda novas campanhas de adoção, sendo no entanto costume a sua organização poucos dias antes do Natal.
“Não é um brinquedo”
Ontem (2), assim que os cães foram colocados no interior da vedação já havia gente à espera, predominantemente famílias jovens com crianças.
Hugo Martins, de 19 anos, esteve a acompanhar o irmão mais novo, João Filipe, na escolha de um pequeno cão. “Faz companhia, mas não é um brinquedo: é um ser vivo”, diz-nos, garantindo ter consciência das responsabilidades a assumir.
Em caso de necessidade de viagem, há familiares que ajudam a cuidar dele, assegura.
Nelson Filipe, de 25 anos residente em Vizela, foi ao Parque da Cidade de Guimarães adotar um animal para a filha que tem três anos.
“Tenho em casa condições para cuidar de um animal. E para uma criança é sempre bom para poder brincar. Em caso de necessidade de me ausentar, tenho vizinhos que me ajudam”.
Fonte: Correio do Minho