As alfândegas do aeroporto parisiense de Roissy encontraram 136 quilogramas de marfim em caixas provenientes da República Democrática do Congo com destino ao Vietname, anunciaram na última semana as autoridades francesas. A 27 de maio, ao investigar um carregamento de peças, os agentes encontraram uma dezena de presas de elefantes, cortadas em 37 pedaços escondidos sob placas de alumínio, talvez para não serem identificadas pelos raios-x.
Esta é a mais importante apreensão de “ouro branco” desde dezembro de 2006. Os agentes da Direção de Informações e Investigações Alfandegárias (DNRED, sigla em francês) apreenderam na altura 600 quilogramas de marfim bruto. “É um caso tristemente emblemático”, comentou Sébastien Tiran da direção inter-regional das alfândegas de Roissy. Há algumas modas em termos de tráfico de animais exóticos, mas “infelizmente o marfim nunca passa de moda”, sublinhou. “Vários critérios podem servir de alerta: a rota, que é inscrita nos documentos ligados à declaração”, explicou Tiran. “Assim que temos dúvidas, investigamos”. As presas de elefantes são quase sempre oriundas da África central e de oeste (RDCongo e Camarões) para a Ásia, em particular China e Vietname, de acordo com as alfândegas. Na Ásia, o preço do marfim bruto no mercado negro triplicou nos últimos anos, passando de 500 euros por quilograma para mais de 1.500 atualmente.
*Esta notícia foi escrita, originalmente, em português europeu e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores.
Fonte: Correio da Manhã